Músico, escritor, formado em investigação forense e perícia criminal
Infelizmente, podemos dizer que no mundo em que vivemos hoje, o seguro de vida é extremamente necessário. Nós não queremos que o pior aconteça, não contamos com ele, mas precisamos estar sempre preparados para ele.
Quem tem a oportunidade de ter um seguro de vida deveria ter, pois deixa você mais tranquilo no seu dia a dia, sabendo que as pessoas que você ama não vão ficar desamparadas do caso do pior acontecer.
No fim, ninguém faz um seguro de vida por si mesmo, pensando nos próprios objetivos, e a pessoa faz pensando em dar uma estabilidade às pessoas que ama, que podem ficar bem mal em caso de alguma tragédia.
Mesmo assim, o seguro de vida ainda é um assunto nebuloso para algumas pessoas que nunca tiveram contato ou nunca sentiram ser necessário um seguro antes, mas que agora mudaram de ideia.
A pandemia trouxe o assunto seguro de vida, mas à tona do que nunca, e algumas pessoas agora se veem responsáveis em entender mais sobre esse assunto. E sem dúvida nenhuma, a pergunta mais feita: quem pode fazer seguro de vida.
Pode parecer uma pergunta simples, mas infelizmente existe muita desinformação em cima desse assunto que acaba afastando muita gente de fazer a sua apólice. E hoje nós estamos aqui justamente para falar sobre isso.
Hoje vamos falar sobre quem pode e se alguém não pode fazer um seguro, levantando algumas questões, e também desmistificando algumas lendas urbanas que existem sobre o seguro de vida.
Vamos abrir logo de cara com a principal dúvida de muitas pessoas, se quem está doente pode fazer seguro de vida. A lenda urbana é que pessoas doentes não podem fazer seguro de vida sob hipótese alguma, e a verdade é que tudo depende.
Não existe um fato absoluto nessa história, existem na verdade algumas variáveis. A primeira delas é de qual doença estamos falando. A ideia de um seguro de vida não aceitar alguém doente significa que a empresa sente que teria que pagar a indenização logo e de forma planejada pela pessoa, uma vez que a doença poderia ser fatal, mas nem sempre é o caso.
A verdade é que isso depende diretamente da empresa que você está conversando. Não existe qualquer tipo de obrigatoriedade legal nessa parte, tanto a empresa não é obrigada a aceitar aquela pessoa como também não é obrigada a recusá-la.
Existem sim casos de pessoas doentes conseguirem o seguro, tudo vindo de uma conversa com a pessoa que quer, e muitas vezes chegando a acordos personalizados, que podem envolver um tempo de carência, sem isenção de certos tipos de morte. Tudo vem de uma conversa, portanto, pessoas doentes podem ter seguro de vida, dependendo do contexto.
Outra pergunta que é feita a todo momento, é se pessoas idosas podem ter seguro de vida, principalmente se elas nunca tiveram antes e querem fazer uma depois de já bem velhas. E assim como no exemplo anterior, tudo vai variar.
Existem empresas que realmente colocam limitações dependendo da idade da pessoa, mas isso geralmente é para pessoas bem velhas, os preços também podem variar e ser maiores para pessoas mais velhas, justamente por entenderem que essas pessoas estão mais próximas de precisarem acionar a apólice do que pessoas mais jovens.
Isso é muito parecido com o plano de saúde por exemplo, que vai ficando mais caro progressivamente conforme a pessoa vai ficando mais velha, com a diferença de que uma apólice não necessariamente precisa ficar mais cara com o tempo.
Mas novamente é importante lembrar que não existe nada legalmente explícito sobre a situação, as empresas não são obrigadas a aceitar uma apólice, e também não são obrigadas a negar.
Agora vamos para outro extremo: o das crianças. A gente pensa muito em seguro de vida sobre adultos, pessoas mais velhas, mas pouco se fala sobre crianças. E sim, não existe nada que proíba uma pessoa de fazer o seguro de vida sobre alguém menor de idade, não importa quão menor.
E novamente caímos na parte da vontade da empresa. Existem empresas que trabalham com faixas de idade específicas, e pode ser que você não encontre algumas que trabalham com crianças pequenas por falta de procura, uma vez que as crianças são as menos protegidas por seguros historicamente.
O que tiramos dessa história toda, é que de forma geral, todo mundo pode ter um seguro de vida. Não existe qualquer tipo de restrição legal quanto a seguros de vida, isso sempre vai ser uma questão individual de cada seguradora.
Por conta disso, o mais recomendado é que você pesquise bastante se não estiver encontrando o acordo que você precisa para a sua realidade.
