Finanças
O home office é uma modalidade de trabalho em que o colaborador realiza suas atividades a distância. Para que seja possível trabalhar dessa forma, ele utiliza recursos computacionais e internet, pois eles reduzem as barreiras físicas.
Também conhecido como trabalho remoto ou trabalho a distância, permite que o colaborador atue de qualquer lugar, desde que possua as ferramentas necessárias, como computador, smartphone e conexão com a internet.
Em 2020, essa modalidade ganhou destaque por conta da pandemia, e muitas empresas perceberam o quanto ela influenciou positivamente a produtividade e a motivação dos funcionários.
Muitas organizações passaram a trabalhar dessa forma definitivamente para reduzir o estresse dos funcionários, diminuir os gastos e aumentar a produtividade.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Evolking Workforce, 54% dos profissionais brasileiros acreditam que são mais produtivos trabalhando em casa. Isso acabou mudando a mentalidade de grandes organizações.
Atualmente, muitas companhias atuam dessa forma, e essa modalidade trouxe uma nova perspectiva de trabalho para pessoas com necessidades especiais.
Este texto vai explicar como o home office ajuda na locomoção até o trabalho, sua importância para pessoas com acessibilidade, quais são os tipos de emprego para elas e a importância de garantir sua inclusão no mundo corporativo.
Antes da pandemia de 2020, o home office era uma modalidade de trabalho muito discutida, mas pouco aplicada pelas empresas, mas isso mudou, e muitos profissionais preferem trabalhar em casa.
As próprias organizações conseguem enxergar as vantagens dessa estratégia, principalmente porque conseguem reduzir os custos com infraestrutura.
Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa da Cushman e Wakefield, 74% das empresas multinacionais atuantes no Brasil afirmam manter o trabalho a distância.
A mão de obra de uma confecção de uniforme de mecânico industrial é imprescindível no espaço de trabalho, mas a equipe do escritório não tem essa necessidade, e isso já ajuda a reduzir os custos consideravelmente da empresa.
Mas além de trazer benefícios para os profissionais e organizações, o trabalho remoto também beneficia a locomoção. As grandes metrópoles se beneficiam consideravelmente com menos pessoas circulando diariamente.
Os impactos consideráveis no trânsito só foram sentidos nos primeiros meses de 2020, quando ainda não se tinha muita ideia sobre o vírus.
Hoje em dia, o número de veículos circulando nas grandes cidades voltou a aumentar, mas mesmo que a redução seja muito pequena, não deixa de ser vantajosa.
Não ter que se locomover até o trabalho é benéfico para todos, mas, principalmente, para pessoas com deficiência.
Para elas, o home office representa até mesmo uma oportunidade maior de ingressar no mercado de trabalho.
A área de atendimento de uma empresa de impermeabilização de paredes, por exemplo, tem mais facilidade para contratar pessoas com deficiência por conta da modalidade.
As dificuldades de locomoção, muitas vezes, impedem que essas pessoas preencham uma vaga, mas se puderem trabalhar em casa, não precisarão enfrentar certos problemas do cotidiano.
O mercado de trabalho para pessoas com deficiência no Brasil é desafiador, isso porque as organizações têm muitas dificuldades ao inserir essas pessoas no dia a dia, seja por falta de preparo ou por conta da necessidade de deslocamento.
Com a adesão do home office, é possível resolver esses problemas. De acordo com uma pesquisa realizada pela Catho, 44% dos profissionais com alguma deficiência deixaram de comparecer a uma entrevista por problemas de deslocamento.
Essas pessoas enfrentam uma série de obstáculos e desafios toda vez que precisam sair de casa, como falta de infraestrutura acessível, calçadas inapropriadas e transporte ineficiente.
O problema é muito comum no Brasil, mas pode ser resolvido por meio do trabalho remoto ou híbrido. Essas modalidades são conhecidas por conta dos benefícios que trazem para a qualidade de vida das pessoas, como:
Conciliação familiar;
Flexibilidade de horário;
Redução do estresse;
Melhorias na alimentação.
Esses profissionais podem conciliar melhor a vida pessoal e profissional. Por exemplo, se alguém precisa comparecer a uma sessão de terapia para depressão e ansiedade, não precisará faltar ao trabalho, podendo organizar os dois horários.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 24% dos brasileiros apresentam algum tipo de deficiência e apenas 1% está empregado.
Um dos aspectos que colaboram com a exclusão de PCDs no mercado de trabalho é a falta de acessibilidade. Mas com o aumento da oferta de trabalho remoto, a necessidade de deslocamento deixa de existir, o que traz mais oportunidades para essas pessoas.
Uma das principais áreas de atuação para pessoas com deficiência física é a tecnologia, pois a informática não exige que os profissionais tenham mobilidade para realizar suas tarefas.
Um cadeirante, por exemplo, pode trabalhar na área de TI em uma clínica de exame admissional próximo a mim. Tanto é que existem cursos voltados para essas pessoas possam se capacitar.
Outra área que se destaca é a educação, pois muitas pessoas com deficiência podem ser professores, pedagogos e orientadores educacionais, principalmente aqueles que não possuem deficiências visuais ou auditivas.
Eles podem atuar em escolas regulares ou especiais para promover a inclusão e o desenvolvimento dos estudantes. Algumas pessoas com deficiência chegam a se especializar em educação inclusiva, o que os tornam ainda mais qualificados.
Mas também existem muitas profissões na área da saúde, como psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, que podem ser ocupadas por pessoas com limitações físicas ou sensoriais.
São atividades que podem ser realizadas sentadas ou com algum tipo de apoio, e isso facilita muito o cotidiano desses profissionais.
Uma empresa de call center para serviço de reboque mais próximo pode contratar PCDs que atuam em home office, pois eles não precisam se locomover até o trabalho.
Por fim, essas pessoas também podem atuar na área do direito, uma vez que também não precisam de tanta locomoção para exercer a profissão.
Promover a acessibilidade dentro das empresas é muito importante por diversas razões. Uma delas é que as organizações conseguem incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
O Brasil possui 24 milhões de pessoas com deficiência, e diante dessa realidade, é papel dos gestores e empreendedores traçar estratégias para incluir esse público no corpo de colaboradores.
Também é muito importante que as empresas saibam como funciona a contratação de pessoas com deficiência, pois esse conhecimento facilita na hora de definir as demandas do entrevistado e escolher um ambiente adequado às suas necessidades.
Garantir a acessibilidade dessas pessoas também é muito importante para atender à Lei de Cotas, de 1991. Uma rede de restaurantes com mais de 100 funcionários e que tenha uma alta procura de buffet para evento corporativo reservar deve atender à lei.
Inclusive, o quadro de funcionários deve ser formado por 2% a 5% de pessoas com deficiência. Durante esse processo, se a empresa tiver alguma dúvida sobre as condições que devem oferecer, pode consultar a ABNT 9050.
Além disso, contratar PCDs é uma forma de fazer com que todos os funcionários se sintam motivados e que o público enxergue a marca como uma empresa consciente.
Se a corporação contratar um cadeirante, vai precisar adequar o espaço para que ele consiga passar e remover os obstáculos. Por outro lado, não fazer as adequações necessárias pode ser visto como uma discriminação.
Uma empresa especializada em pintura placa automotiva sabe o quanto é importante garantir que todos os colaboradores possam trabalhar com autonomia, por isso ela procura adequar todos os seus espaços e facilitar o cotidiano.
A acessibilidade também é muito importante no mercado de trabalho para que a empresa se torne uma referência em seu segmento de atuação.
Contar com colaboradores pessoas com deficiência física também é uma forma de melhorar a reputação do negócio, principalmente quando esses profissionais estão satisfeitos com o trabalho.
A companhia pode usar a realização profissional desses indivíduos para mostrar sua marca empregadora e conquistar novos talentos.
Pensando nisso, um coworking para terapeutas adaptou todos os seus espaços para que todo tipo de profissional, independentemente de sua condição física, possa realizar suas atividades com conforto e autonomia.
Só que nem todas as empresas possuem capital suficiente para garantir a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais, mas com um pouco de planejamento e organização, é possível mudar essa realidade.
Pessoas com deficiência também possuem seus objetivos e expectativas profissionais, e desejam entrar no mercado de trabalho.
A inclusão e a acessibilidade são fundamentais para que esses indivíduos possam exercer uma profissão e contribuir com a sociedade.
O trabalho home office abre muitas portas para que eles consigam uma colocação, e muitas empresas já se conscientizaram sobre esse fato.
Graças a essa modalidade, muitas organizações começaram a contratar profissionais com algum tipo de deficiência, tornando o mercado de trabalho mais igualitário e justo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
