05/10/2021 às 17h28min - Atualizada em 05/10/2021 às 17h17min

Pandemia afetou o sono de metade dos brasileiros, segundo estudo

Lucas Widmar Pelisari

Lucas Widmar Pelisari

Músico, escritor, formado em investigação forense e perícia criminal

AB Notícia News
O sono dos brasileiros nunca foi dos melhores. Nós estamos entre as nações que menos dormem, segundo pesquisa feita nos EUA. Além disso, 65% de todos os brasileiros apresentam pelo menos um tipo de distúrbio do sono. No entanto, o que não se imaginava era que a situação poderia piorar. Pelo menos até a chegada do coronavírus, já que a pandemia afetou o sono de metade dos brasileiros.
Segundo uma pesquisa feita pela Royal Philips, 74% dos brasileiros adquiriu um ou mais problemas de sono durante a pandemia e 50% deles afirmaram que sua capacidade de dormir bem foi afetada por causa da crise. 47% dos brasileiros disseram também passaram a acordar no meio da noite desde o início dessa crise, o que é preocupante, pois dá sinais de que não há um descanso restaurador no sono das pessoas.
Na pesquisa, há uma diferença significativa de gênero: 8 em cada 10 mulheres revelaram que agora apresentam dificuldade para dormir, enquanto 7 em cada 10 homens afirmam o mesmo. Além disso, 53% das mulheres admitem que a pandemia afetou negativamente sua rotina de sono e 43% dos homens afirmam o mesmo. Portanto, a pandemia afetou o sono de metade dos brasileiros, mas especialmente das mulheres.
Quer entender mais sobre isso e as suas consequências? Então siga a leitura do artigo abaixo!

Por que a pandemia afetou o sono de metade dos brasileiros?

Existem muitas razões que explicam porque a pandemia afetou o sono de metade dos brasileiros. Na verdade, é até um pouco difícil acreditar que foi só da metade dos brasileiros, já que a crise teve o potencial de afetar a qualidade do sono de todas as pessoas.
A começar pelo fato de que a pandemia do novo coronavírus é um evento absolutamente único. São pouquíssimas, provavelmente menos de 1.000, as pessoas que se lembram de ter passado pela última pandemia global nessa escala, que foi a Gripe Espanhola há 100 anos. Ou seja, este é um evento único em nossa vida e provavelmente não veremos algo assim no futuro tão cedo.
Além de ser um evento histórico que será estudado e comentado por muitos e muitos anos no futuro, a pandemia do novo coronavírus ainda tem um efeito devastador. Cerca de 3% das pessoas morrem com a versão básica do vírus e muito mais pelas suas variantes.
Para se ter uma ideia, cerca de 4,55 milhões de pessoas já morreram com a doença no mundo todo em cerca de 1 ano e meio. Só no Brasil são quase 600 mil mortes, não dá para ficar indiferente.
Entre os infectados, são 21 milhões aqui no Brasil. Isso significa que a cada 10 pessoas, 1 foi infectada pelo vírus. O problema é que essa uma pessoa preocupa a família inteira e ainda mais gente. Por exemplo, é muito provável que, mesmo que você não tenha pego o vírus, acabou sabendo de alguém próximo que pegou e ficou muito preocupado com a pessoa.
Por fim, há todo o estresse global da situação: será que isso um dia irá ter fim? A economia vai se recuperar? Quanto tempo teremos de ficar em casa? E os planos desfeitos? Tudo isso causa um baque emocional significativo.
Toda essa carga de estresse amplia o fato de que o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e faz com que seja muito difícil colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente durante a noite. Mesmo que a gente finja que está tudo bem, nosso corpo está estressado e reage instintivamente.

Quais as consequências disso?

O blog Apsique tem vários conteúdos que falam sobre os perigos de não dormir bem. Existe muita coisa em jogo que pode prejudicar a saúde das pessoas no longo prazo.
Por exemplo, a falta de sono está diretamente ligada com o encurtamento da vida, o que é por si só o dano máximo. Afinal, mesmo que existam outros danos, ainda há tempo para tratá-los enquanto houver vida.
Dormir menos é relaxar e descansar menos e ter menos restauro no corpo. Isso desgasta o organismo e aumenta o risco de morte no longo prazo. Também aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outras doenças.
No ponto de vista emocional, a falta de sono aprofunda a ansiedade e depressão, reduz a capacidade de foco e de concentração, além de diminuir a produtividade da pessoa.
Portanto, as consequências desse tipo de falta de sono e de problemas ao dormir podem ser muito graves, especialmente se considerarmos que é uma questão que afeta o país todo praticamente.
Agora que você já viu que a pandemia afetou o sono de metade dos brasileiros, já sabe que não é o único ou única a sofrer com isso. Além disso, também já entendeu as consequências desse problema e o que fazer para combatê-lo no longo prazo, para evitar sofrer esses problemas mencionados. Assim, fica mais fácil cuidar para ter maior qualidade de vida advinda do seu sono.
Gostou do conteúdo? Então compartilhe-o nas suas redes sociais!
 
 
Link
Leia Também »
Mande sua denuncia, vídeo, foto
Atendimento
Mande sua denuncia, vídeo, foto, pra registrar sua denuncia