O cultivo de peixes em tanques ou recintos artificiais está impulsionando o crescimento da chamada "piscicultura sustentável" no Brasil.
Essa prática está se destacando no mercado nacional graças a várias iniciativas que tornam mais fácil para os empreendedores entrarem nesse setor promissor.
Uma dessas iniciativas é a aprovação de um decreto que autoriza o uso das águas da União para o cultivo de peixes, o que ampliou de forma considerável o potencial do mercado brasileiro.
Isso também atraiu um número crescente de novos empreendedores interessados em investir neste setor em expansão.
Apenas no ano passado, por exemplo, a produção de peixes em ambientes controlados, incluindo espécies como a tilápia, atingiu a impressionante marca de 841 mil toneladas no Brasil.
Isso representa um aumento de 4,7% em relação a 2020, evidenciando o notável potencial econômico e a crescente demanda por produtos provenientes da piscicultura sustentável.
Agora, vamos entrar em detalhes sobre o que exatamente é a piscicultura sustentável e como você pode implementá-la em seu negócio.
Vamos explorar as melhores práticas, tecnologias e estratégias que podem ajudar a garantir uma produção de peixes sustentável e lucrativa.
A sustentabilidade na piscicultura envolve um conjunto de práticas que buscam encontrar um equilíbrio entre o avanço da modernidade e a conservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
A sustentabilidade é um tema de extrema importância nesse contexto, uma vez que o setor consome uma quantidade significativa de recursos naturais.
A atividade da piscicultura pode afetar o meio ambiente de várias maneiras, como o desmatamento para criar os tanques, a emissão de resíduos poluentes na natureza e a necessidade de grande quantidade de água limpa.
No entanto, é interessante saber que existem medidas eficazes para lidar com essas questões.
Uma dessas medidas é o planejamento criterioso da localização dos criadouros de peixes.
A escolha de um local apropriado é crucial para o sucesso das operações na piscicultura, além de ter um impacto direto sobre o meio ambiente.
Outra medida importante é o reaproveitamento dos detritos orgânicos gerados pela atividade. Integrar a piscicultura com a agricultura permite que esses resíduos sejam utilizados como adubo, reduzindo assim o impacto ambiental.
No Brasil, a atividade de piscicultura sustentável é certificada pelo Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica (Sisorg).
Essa certificação envolve auditorias conduzidas por empresas independentes do mercado ou de forma participativa, com a participação de outros produtores, comerciantes e consumidores.
Todas essas medidas e certificações visam garantir que a atividade seja conduzida de maneira responsável, minimizando os impactos no meio ambiente e assegurando a disponibilidade de recursos naturais para as gerações futuras.
A piscicultura sustentável desempenha um papel cada vez mais vital na proteção do meio ambiente e na produção de alimentos de alta qualidade. E um dos fatores cruciais nesse processo é o uso de geomembranas, um material fundamental para reduzir os impactos da atividade.
Mas, afinal, o que são geomembranas? Elas são como revestimentos flexíveis feitos de materiais sintéticos, como o polietileno de alta densidade (PEAD), e são usadas para impermeabilizar tanques e reservatórios onde os peixes são criados.
As geomembranas funcionam como uma espécie de barreira física, evitando que resíduos e produtos químicos utilizados na piscicultura contaminem o solo e as águas subterrâneas.
Para ter uma noção mais clara da importância das geomembranas, basta pensar em situações comuns do dia a dia. Suponha, por exemplo, que você esteja em casa e precise reparar um vazamento em uma tubulação.
Você usa uma fita adesiva especial para selar o vazamento e impedir que a água cause danos. As geomembranas atuam de forma semelhante, mas em uma escala maior e com materiais mais resistentes.
A resposta depende de diversos fatores, como as certificações da empresa fabricante, a qualidade dos produtos e a adequação às necessidades específicas da piscicultura.
Alguns dos principais tipos de geomembranas incluem PVC, PEAD, EPDM e PP. O PVC é conhecido por sua resistência química e durabilidade, sendo muito utilizado em aplicações industriais.
O PEAD é flexível e resistente a altas temperaturas, sendo comumente usado em projetos de impermeabilização. Por outro lado, o etileno propileno dieno monômero (EPDM) é elástico e tem uma ótima resistência aos raios UV, sendo ideal para aplicações em lagos artificiais e lagoas de tratamento.
Já o PP é resistente a produtos químicos e possui boa estabilidade dimensional, sendo utilizado em projetos de aterros sanitários.
Para determinar a melhor geomembrana para o seu projeto, é importante considerar fatores como o tipo de solo, a exposição a produtos químicos, a temperatura ambiente e a vida útil desejada.
Incorporar práticas sustentáveis na piscicultura pode parecer um desafio, mas com as ferramentas certas e um planejamento bem pensado, é algo totalmente alcançável.
Além de garantir um fornecimento constante de peixes saudáveis, a piscicultura sustentável é fundamental na preservação do meio ambiente e na conservação dos recursos naturais.
Desde a seleção cuidadosa das espécies de peixes até a eficiente gestão dos recursos hídricos, existem diversas medidas que podem ser adotadas para assegurar que a atividade seja ambientalmente responsável e economicamente viável.
Portanto, se você está considerando investir nesse campo, não deixe de explorar essa opção promissora.