06/12/2021 às 11h47min - Atualizada em 06/12/2021 às 11h47min

Mesmo após desabamento, pedestres utilizam ponte em São Tomé de Paripe

Acidente aconteceu no último sábado (4). Área foi isolada pela Defesa Civil, porém, pedestres seguem passando pelo local.

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Tribuna da Bahia
Reprodução/TV Bahia

Após desabar parcialmente no último sábado (4), a ponte do terminal marítimo de São Tomé de Paripe, no subúrbio de Salvador, é utilizada por pedestres de maneira improvisada no início da manhã desta segunda-feira (6). A área foi isolada pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) depois do ocorrido, no entanto, usuários continuam passando pela estrutura.

No desabamento, três pessoas caíram na água e sofreram ferimentos leves. Elas transportavam frutas, bebidas e outros materiais que seriam levados para Ilha de Maré, e perderam todas as mercadorias.

O terminal está desativado desde 2016, por questões estruturais. Ainda assim, é utilizado por ser o único acesso de embarcações que fazem a travessia entre São Tomé de Paripe e a Ilha de Maré, que pertence a Salvador e faz parte do arquipélago da Baía de Todos-os-Santos.

Segundo moradores da região, os barcos maiores precisam utilizar o píer para atracar. Já menores fazem embarque e desembarque de passageiros na beira do mar. Em 2017, usuários já reclamavam de fazer a travessia entrando no mar, pois embarcações maiores não conseguem se aproximar da areia para que as pessoas entrem e por isso, os passageiros seguiram se arriscando ao andar pela ponte e entrar nos barcos.

Um morador identificado pelo prenome de Geovani disse que chegou cedo ao local para fazer a travessia por meio de canoa. "Estou chegando agora de manhã cedo para carregar tudo na canoa. É uma dificuldade, por ser menor", disse.

O que dizem o governo da BA e a prefeitura

O terminal é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra). Em nota, o órgão disse que a empresa que fará a recuperação está contratada e já tem autorização, por parte do governo, para início das obras. Ainda segundo a Seinfra, o equipamento será interditado temporariamente para que os reparos sejam feitos.

O órgão estadual explica que a obra ainda não teve início porque a empresa vencedora, Tecnocret Engenharia, aguarda solicitações da Prefeitura para obter licenças obrigatórias. A nota diz ainda que o governo acionará a empresa para que conclua os trâmites junto ao poder municipal. Após a finalização da obra, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agerba) fará a concessão do terminal, que deverá ser administrado pela empresa vencedora.

A prefeitura de Salvador também se manifestou sobre o caso. Em nota, diz que tem acompanhado a situação e que a Tecnocret deu entrada no processo para a execução das intervenções na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), no dia 23 de julho de 2021. Quatro dias depois, após análise realizada pelos técnicos do órgão, a secretaria solicitou alguns documentos que, até o momento, não foram apresentados pela empresa.

A prefeitura ainda informa que no dia 11 de novembro, a Defesa Civil de Salvador fez uma vistoria no local e constatou sérios riscos causados pela falta de manutenção. A situação foi informada à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e à Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado da Bahia (Seinfra), conforme o poder público municipal.


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