31/05/2021 às 11h48min - Atualizada em 31/05/2021 às 11h48min

Jovem brasileira descobre quatro asteroides em um único dia

Mineira participou de um programa da Nasa pelo qual estudantes e curiosos podem contribuir com grandes feitos científicos

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Reprodução

Era uma noite de sexta-feira, dia 14 de maio, quando a mineira Lorrane Olivlet, 26 anos, observou quatro pontos pequeninos, similares a um pixel ou uma partícula de poeira, passando pela tela do computador. No dia seguinte, ela foi informada pela Nasa, a agência espacial norte-americana, de que havia descoberto não apenas um, mas quatro asteroides vagando pelo espaço.

No início deste ano, Lorrane se inscreveu, junto a seu grupo de estudo — o InSpace, fundado por ela própria —, no IASC (International Astronomic Search Colloraboration), um programa de ciência cidadã da Nasa. O objetivo é contar com a colaboração de cientistas amadores do mundo todo para fazer descobertas astronômicas e, assim, otimizar o trabalho da agência espacial.

"O primeiro contato que tive com o IASC foi há cerca de quatro anos, quando fiquei sabendo de uma brasileira que participou do programa e descobriu alguns asteroides. No ano passado, vi que o Brasil havia feito uma parceria com o projeto, mas quando fui pesquisar, as inscrições já tinham sido encerradas", afirma.

"No final daquele mesmo ano, então, combinei com o meu grupo que iríamos participar e montamos duas equipes. Logo que as inscrições foram abertas, fomos correndo para o site da Nasa", completa.

Os estudantes, todos de estados e universidades diferentes, receberam a missão de encontrar asteroides de forma remota por meio do software Astrometrica. A ferramenta simula o Sistema Solar e é focada em medições de astros menores, tais como asteroides, cometas e planetas anões.

Para aprender a lidar com o software, os jovens receberam um breve treinamento e, logo em seguida, já partiram para a empreitada. O trabalho consistia em analisar imagens obtidas pelo satélite Pan-STARRS, situado no monte Halekala, no Havaí.

"Tínhamos que atentar para características como forma arredondada, magnitude (brilho aparente) e trajetória em linha reta. Se tudo estivesse de acordo, isso era um indicativo de que poderia ser um asteroide", diz.

"Não é um processo exatamente difícil, mas exige muita dedicação e, sobretudo, um olhar atento. Teve asteroides que eu quase deixei passar. Eles aparentam ser minúsculos, como se fosse um pixel no meio de uma tela toda escura", completa.


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