25/04/2024 às 09h23min - Atualizada em 25/04/2024 às 09h23min

Saiba como garantir uma infância digital com segurança e responsabilidade

Imersão para aprendizado infantil na era digital precisa ser monitorada, alerta educador

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Em um mundo cada vez mais conectado, as crianças e adolescentes se aventuram em um mar de informações e possibilidades no ambiente digital. Essa imersão na era digital, embora traga um leque de oportunidades para o aprendizado, entretenimento e desenvolvimento, também exige atenção e cuidados redobrados para garantir a segurança e o bem-estar dos nossos pequenos exploradores virtuais.

 

Armando Kolbe Junior, mestre em Tecnologias e Sociedade e professor nos Cursos de Administração, Contábeis e Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Centro Universitário Internacional Uninter, explica que, ao invés de simplesmente proibir o uso da tecnologia ou assustar as crianças com os perigos do mundo online, a chave para a proteção da infância digital está na educação. É por meio da educação que podemos empoderar as crianças e adolescentes para navegarem com segurança e responsabilidade nesse mar de possibilidades.

"Em vez de apenas fornecer regras e limites, devemos munir as crianças com as ferramentas e conhecimentos necessários para se tornarem cidadãos digitais conscientes e responsáveis. Para isso, temos que levar em conta que as crianças precisam aprender a discernir o que é adequado e o que não é, dentro do ambiente da internet, reconhecendo os perigos e os riscos online. Além disso, devemos incentivar o uso consciente e equilibrado da internet, ensinando as crianças a gerenciar o tempo de tela, evitar o cyberbullying e proteger sua privacidade online", ensina.

Segundo o ducador, é importante não deixar de estimular o pensamento crítico, pois as crianças precisam desenvolver a capacidade de questionar as informações que encontram online, buscando fontes confiáveis e verificando a veracidade dos conteúdos.

"É fundamental criar um ambiente de diálogo aberto e acolhedor, onde as crianças se sintam à vontade para compartilhar suas experiências online, dúvidas e preocupações sem medo de julgamentos", fala.

De acordo com o especialista, devemos estar cientes de que a responsabilidade pela proteção da infância digital não se limita apenas às famílias. É um compromisso que deve ser assumido por toda a sociedade, incluindo escolas, empresas e governos.

"As famílias são o porto seguro das crianças, inclusive no mundo digital. Pais e responsáveis assumem o papel fundamental de guiar seus filhos nessa jornada, estabelecendo limites, orientando sobre o uso consciente da internet e criando um canal de diálogo aberto e acolhedor", salienta.

E vai além ao afirmar que as escolas atuam como faróis de conhecimento e responsabilidade. As instituições de ensino têm a missão de integrar a educação digital ao currículo, promovendo o uso consciente e seguro da internet, combatendo o cyberbullying e disseminando valores como o respeito, a cidadania e a diversidade.

E as organizações? "São aliadas na construção de um futuro digital positivo. As empresas que operam no ambiente online devem se comprometer com a proteção da infância, criando plataformas seguras, desenvolvendo tecnologias que garantam a privacidade dos dados e combatendo conteúdos impróprios", ressalta.

E o papel do Estado neste cenário? Para ele, é o de conduzir a bússola da regulamentação, pois o poder público tem a responsabilidade de garantir o cumprimento das leis e normas que protegem as crianças e adolescentes no ambiente digital, além de viabilizar campanhas de conscientização e investir em políticas públicas, que promovam a inclusão digital e a educação para o uso consciente da internet.

"A medida regulatória do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é um passo crucial nesta jornada, mas ainda há muito a ser feito. É hora de fazer um esforço coletivo e construir um ambiente digital onde as crianças e adolescentes possam florescer, aprender e se conectar com o mundo de forma segura, positiva e responsável. Devemos lembrar que o futuro digital das nossas crianças depende de todos nós, finaliza Kolbe Junior.


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