24/08/2023 às 16h23min - Atualizada em 24/08/2023 às 16h21min

Qual o exame feito para detectar o mal de Parkinson?

Lucas Widmar Pelisari

Lucas Widmar Pelisari

Músico, escritor, formado em investigação forense e perícia criminal

O mal de Parkinson é uma doença neurológica que afeta principalmente os movimentos e o equilíbrio das pessoas. Ela é causada pela perda progressiva de células nervosas que produzem dopamina, um neurotransmissor importante para o controle motor e emocional. Os sintomas mais comuns são tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, problemas de equilíbrio, alterações da fala e da escrita e mudanças emocionais.

 

O diagnóstico da doença de Parkinson é baseado na história clínica e no exame neurológico do paciente, que avalia a presença dos sintomas típicos da doença. No entanto, existem alguns exames complementares que podem ajudar a confirmar o diagnóstico ou a descartar outras condições que podem se parecer com o Parkinson.

Ressonância Magnética

A ressonância magnética (RM) é um exame de imagem que permite visualizar o cérebro em detalhes. Ela pode mostrar alterações na estrutura ou na função das células nervosas que estão relacionadas ao mal de Parkinson.

 

Por exemplo, a RM pode detectar a redução do volume da substância negra, uma região do cérebro que contém muitas células produtoras de dopamina e que é afetada pela doença. A RM também pode mostrar a presença de corpos de Lewy, que são proteínas anormais que se acumulam nas células nervosas e interferem na sua função.

 

A RM é um exame seguro, indolor e não invasivo, que pode ser feito em qualquer idade. Ela pode ser solicitada pelo médico neurologista quando há dúvidas sobre o diagnóstico do Parkinson ou quando há suspeita de outras doenças neurológicas que podem causar sintomas semelhantes.

Cintilografia Cerebral

A cintilografia cerebral é um exame de imagem que permite avaliar a atividade das células nervosas do cérebro. Ela consiste na injeção de uma substância radioativa na veia do paciente, que se liga aos receptores de dopamina no cérebro. Em seguida, uma câmera especial capta as imagens da radiação emitida pela substância e mostra as áreas do cérebro onde há maior ou menor concentração de dopamina.

 

A cintilografia cerebral pode ajudar a diagnosticar o mal de Parkinson ao mostrar uma diminuição da captação da substância radioativa na região da substância negra, indicando uma redução das células produtoras de dopamina. Esse exame também pode diferenciar o Parkinson de outras doenças que causam tremores, como o tremor essencial ou a distonia.

 

É um exame seguro, mas requer alguns cuidados prévios e posteriores, como evitar alimentos e medicamentos que possam interferir na captação da substância radioativa e evitar o contato com mulheres grávidas ou crianças por algumas horas após o exame. Ela pode ser solicitada pelo médico neurologista quando há dúvidas sobre o diagnóstico ou quando há necessidade de acompanhar a evolução da doença.

Ultrassonografia Transcraniana

A ultrassonografia transcraniana (USTC) é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras para gerar imagens do cérebro. Ela pode mostrar alterações na forma ou na densidade das células nervosas que estão relacionadas ao mal de Parkinson.

 

Por exemplo, a USTC pode detectar um aumento da ecogenicidade da substância negra, ou seja, um aumento da reflexão das ondas sonoras nessa região do cérebro, indicando uma alteração das células produtoras de dopamina.

 

A USTC é um exame simples, rápido, indolor e não invasivo, que pode ser feito em qualquer idade. Ela pode ser solicitada pelo médico neurologista quando há dúvidas sobre o diagnóstico ou quando há suspeita de outras doenças que podem causar sintomas semelhantes.

Conclusão

O mal de Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos e o equilíbrio das pessoas. O diagnóstico é feito principalmente pela história clínica e pelo exame neurológico do paciente, mas existem alguns exames complementares que podem ajudar a confirmar o diagnóstico ou a descartar outras condições.

 

Esses exames são a ressonância magnética, a cintilografia cerebral e a ultrassonografia transcraniana, que permitem visualizar o cérebro e detectar alterações nas células nervosas que produzem dopamina. Podem ser solicitados pelo médico neurologista quando há dúvidas sobre o diagnóstico do Parkinson ou quando há necessidade de acompanhar a evolução da doença.


 
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