19/09/2022 às 13h57min - Atualizada em 19/09/2022 às 14h23min

Alta nos preços de hortifrútis tem feito o consumidor substituí-los por alimentos menos nutritivos

A saúde dos brasileiros pode ser afetada pela dieta pobre em nutrientes, diz coordenadora do IBMR

SALA DA NOTÍCIA Marcella Carvalho
Professora Patrícia Souza
Internet
Verduras, frutas e legumes estão praticamente fora do prato dos brasileiros das classes C e D. É o que diz o estudo da Horus, que avaliou mais de 500 milhões de notas fiscais referentes às compras realizadas em mercados nos seis primeiros meses de 2022. O causador dessa mudança está ligado com a alta da inflação, que impactou no preço de produtos alimentícios, especialmente nos itens da feira. Quando avaliados os produtos que mais foram consumidos no mesmo período, os biscoitos e snacks constituíram mais de 22% dos carrinhos de compra no Brasil, que tiveram baixa. Essa substituição pode custar bastante caro para a saúde dos consumidores. Além disso, o baixo poder nutritivo desses itens deve ser considerado como alerta para a saúde pública. 

A coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário IBMR, Patrícia Souza alerta para esse problema. “Quando a população substitui o consumo de verduras, frutas e legumes in natura ou minimamente processados por lanches que contêm biscoitos ou snacks, a alteração no hábito alimentar está diretamente associada a um maior risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis”, explica a especialista. Ela fala sobre o aumento de doenças cardíacas, diabetes, cânceres e obesidade, comorbidades que precisam de acompanhamento médico constante e medicamentos caros. “Biscoitos e snacks têm um preço mais acessível, mas podem custar muito caro para o brasileiro e para a saúde pública no futuro”, explica a nutricionista. Isso porque esses alimentos contêm substâncias altamente nocivas à saúde, como gorduras trans, sódio e açúcar em alta concentração. Patrícia ainda faz um alerta: “Nesses alimentos normalmente são incluídas diversas substâncias que o brasileiro não reconhece e não sabe nem pronunciar. O consumidor lê o rótulo e não entende nada e só por isso já devemos evitar esses alimentos ultra processados”. 


Preço nas alturas:

Apesar do recuo de 9% no preço global dos alimentos em julho, dado levantado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o preço médio da cesta básica no mesmo mês aumentou em sete das oito cidades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV). Os dados indicam alta de 2,1% a 4,5% na comparação com o mês anterior. 
Em pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço dos alimentos e bebidas subiu 9,83% nos primeiros sete meses de 2022 e o percentual é mais do que o dobro da inflação do período medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA): 4,77%. 
“Quando vemos o preço da banana, um dos alimentos mais completos, lá nas alturas e o valor de biscoitos e snacks baixo, é fácil compreender o porquê do consumidor escolher a segunda opção. Alimentar-se é essencial, mas fazê-lo com qualidade tem sido preterido, quando analisados os outros custos que brasileiro tem no mês, como moradia, gás, luz, água, entre outros ”, conclui a nutricionista. 

Sobre o IBMR:

Com o propósito de transformar vidas promovendo o saber e a empregabilidade, o Centro Universitário IBMR está entre os três melhores centros universitários privados do estado do Rio de Janeiro, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Os campi estão localizados na Barra, Botafogo e Catete. São 53 anos de tradição em ensino superior oferecendo mais de 60 opções de cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial, EaD e Live, além de pós-graduação lato sensu e extensão.

As melhores práticas acadêmicas já renderam ao Centro Universitário IBMR o 1º lugar na avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em Biomedicina e Fisioterapia, entre as escolas privadas do Rio de Janeiro. A Clínica-escola é referência em ações de responsabilidade social, bem-estar e cuidados de saúde. Os alunos realizam, sob supervisão de profissionais da área, atendimentos humanizados, personalizados e gratuitos em instalações modernas e confortáveis. A instituição preza em oferecer um ensino acessível, próximo e completo baseado em seus pilares de empregabilidade, infraestrutura completa, proximidade e acessibilidade.


 


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