13/09/2022 às 00h06min - Atualizada em 13/09/2022 às 00h19min

Príncipe Andrew, acusado de abuso sexual, causa constrangimentos durante homenagens à rainha Elizabeth

Andrew foi processado por ter abusado uma menor de idade. Ele pagou dinheiro para chegar a um acordo no processo e, depois disso, a mãe dele, a rainha Elizabeth II, destituiu os seus títulos militares.

G1
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Andrew foi processado por ter abusado uma menor de idade. Ele pagou dinheiro para chegar a um acordo no processo e, depois disso, a mãe dele, a rainha Elizabeth II, destituiu os seus títulos militares. Rei Charles III (de chapéu preto com faixa vermelha), princesa Anne (de chapéu branco) e Andrew em Edimburgo, em 12 de setembro de 2022
Alkis Konstantinidis/Reuters
Durante o cortejo fúnebre da rainha Elizabeth II em Edimburgo, na Escócia, um homem da plateia se aproximou e gritou "Andrew, você é um velho doente!".

Andrew, o duque de York, é o terceiro filho de Elizabeth II. Ele é acusado de ter cometido abuso sexual contra uma menor de idade. Por isso, no começo deste ano, a própria rainha retirou dele os títulos militares.
A rainha morreu na última quinta-feira (8) no Castelo de Balmoral, aos 96 anos.
Príncipe Andrew perde títulos por acusação de abuso sexual
Nesta segunda-feira, Andrew apareceu em público nas ruas de Edimburgo, atrás do caixão. Caminhando em silêncio atrás do carro fúnebre, ele era o único filho de Elizabeth II que caminhava como civil: o rei Charles III, a princesa Anne e o príncipe Edward vestiam uniformes militares de gala.
Seu papel durante os 11 dias de luto nacional é uma das várias questões inconvenientes com as quais a Casa de Windsor tem que lidar, assim como a ruptura entre o herdeiro do trono, William, e seu irmão Harry (no sábado, os dois apareceram inesperadamente juntos).
Durante o fim de semana, Andrew também se uniu a outros membros da realeza para cumprimentar o público reunido do lado de fora de Balmoral e para receber o cortejo quando chegou na capital escocesa.
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Sem função no futuro
Robert Hazell, especialista constitucional da University College London, diz que dificilmente Andrew terá uma função na monarquia no futuro.
A participação dele também atraiu olhares durante as cerimônias fúnebres de seu pai, o príncipe Philip, falecido em abril de 2021. Andrew chegou de surpresa junto com a rainha em um carro e a acompanhou na entrada da Abadia de Westminster.
Acordo milionário
Seu distanciamento reflete o prejuízo à imagem da família real que provocou por sua amizade com o magnata Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio em agosto de 2019 nos Estados Unidos após ser acusado de exploração sexual de menores.
Virginia Roberts Giuffre, que acusa Epstein e o príncipe Andrew de abuso sexual.
Bebeto Matthews/AP
Andrew, pai das princesas Beatrice e Eugenie, foi acusado de abusar sexualmente de Virginia Giuffre quando a menina tinha 17 anos. Para dar fim ao processo judicial, ele fez um acordo extrajudicial e pagou milhões de dólares.
O duque de York deu uma entrevista à BBC em 2019 para se explicar, mas não convenceu (ele questionou a autenticidade de uma fotografia sua com Giuffre). Desde então há apelos para que ele se afaste da vida pública.
Informalmente, Andrew era tido como filho favorito da rainha. De acordo com os setoristas de monarquia, ela tirou os títulos militares dele por pressão de Charles III e do príncipe William.
A rainha britânica Elizabeth II e o príncipe Andrew, no centro à direita, chegam para missa pelo príncipe Philip, duque de Edimburgo, na Abadia de Westminster, em Londres, em 29 de março de 2022.
Richard Pohle/Pool via AP
Robert Hazell, o especialista da University College London, disse que as monarquias que perderam o apoio popular desapareceram: "Qualquer monarca astuto sempre está atento à opinião pública e responde rapidamente", diz Hazell.
O biógrafo Robert Jobson disse esta semana que William, que foi visto conduzindo Andrew a Balmoral para acompanhar a rainha em seu leito de morte, é contra um retorno de seu tio à vida pública.
Função de Andrew: cuidar dos cachorros
Andrew chegou a ser popular no Reino Unido por ter ido para a Guerra das Malvinas, em 1982, contra a Argentina.
Agora, ele só deve ter responsabilidades privadas mais modestas. Andrew e sua ex-esposa Sarah Ferguson, com quem continua compartilhando uma casa próxima ao Castelo de Windsor, adotaram os cães corgi de Elizabeth II, Muick e Sandy, após a morte da soberana, disse sua porta-voz no fim de semana.
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