31/08/2022 às 14h46min - Atualizada em 01/09/2022 às 22h53min

Brasil sedia única fábrica de correntes de motosserras do hemisfério sul

Planta fabril localizada em Curitiba exporta correntes de motosserra para países da América Latina, África e Ásia

SALA DA NOTÍCIA Rafaela Foggiato
Líder mundial na produção de correntes e sabres para motosserras, a Oregon Tool está presente no Brasil desde o final da década de 1970 com a única fábrica de correntes instalada no Hemisfério Sul, localizada em Curitiba (PR). A planta fabril exporta 65% de sua produção para países da América Latina, África e Ásia. A Oregon Tool escolheu o Brasil devido à importância do país no setor florestal internacional, sendo uma das principais potências na produção e exportação de madeira, celulose e papel.

“O Brasil tem uma extensão geográfica grande, fora a questão do crescimento de árvores, em comparação com o Hemisfério Norte. Avaliamos que o diâmetro e a altura de uma árvore brasileira com 15, 20 anos de idade é equivalente a 40, 50 anos nos mercados dos países com estações frias mais definidas, como Estados Unidos, Canadá e Rússia”, explica o diretor da Oregon Tool, Wilson José Jorge.


Além da fábrica no Brasil, a Oregon Tool conta com outros oito empreendimentos, entre plantas fabris e a sede em Portland, no Noroeste dos EUA. Em 2021, a companhia foi adquirida pela Platinum Equity e espera poder impulsionar a inovação e o crescimento global da marca.

Nascida em 1946 com o nome de Blount International, a empresa engloba marcas como Oregon, Woods e ICS e oferece para consumidores e profissionais :

●    FLAG: focada em soluções para floresta, campo e jardim;
●    FRAG: focada em soluções para fazendas e ao agronegócio;
●    CCF: focada em soluções ao corte de concreto e aço 
Inovação no DNA – Desde o seu nascimento, a Oregon Tool tem a inovação como foco. Até a década de 1940, o corte da madeira era feito por serras de corte transversal, que não funcionavam em alta velocidade e prendiam nas árvores com frequência. Mas o madeireiro Joseph Buford Cox, ao observar carunchos que consumiam a madeira, percebeu que alguns dos animais perfuravam o toco de forma diagonal, contra a corrente, e outros seguiam junto ao fluxo. Após analisar os insetos com mais atenção, Cox compreendeu que a serragem produzida era de lascas e não pó, o que demonstra a mastigação e não a raspagem das fibras.

O madeireiro construiu, então, um protótipo de corrente de corte similar às de motocicletas. Com dentes compostos por cinzéis em forma de gancho presentes nos elos e um calibre para controlar a mordida do equipamento, Cox patenteou o projeto e até hoje é usado em todas as motosserras do mundo.

“A atividade de corte da madeira aumentou muito, com o conceito da motosserra e da corrente moderna. De lá para cá, a empresa continuou primando pela inovação e lançamos vários modelos novos de correntes ao longo do tempo. São correntes que, inclusive, podem cortar a madeira longitudinalmente, permitindo que se façam dormentes, tábuas rústicas e desdobramento da madeira”, finaliza Wilson José Jorge.


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