24/08/2022 às 14h22min - Atualizada em 25/08/2022 às 12h53min

“Vida e obra de Carolina Maria de Jesus deviam estar no currículo escolar”, pede Zezé Motta

SALA DA NOTÍCIA Verbo Nostro
“Carolina Maria de Jesus, autora de ‘Quarto de Despejo’, devia fazer parte do currículo das escolas brasileiras”. O pedido foi feito pela atriz e cantora Zezé Motta, que participou on-line de conferência sobre a vida e obra da escritora. “A história de Carolina é uma história de força, de resiliência, de coragem. Conhecendo sua trajetória, é até pecado reclamar de alguma dificuldade que enfrentamos na vida”, disse Zezé, que em 2003 teve a oportunidade de viver a escritora no curta-metragem “Carolina”, de Jefferson D.

Muito dessa história de paixão pelas letras em meio às dificuldades da vida na favela, da fome e do preconceito, se materializou no palco do Theatro Pedro II com a presença simultânea à transmissão on-line da professora e psicopedagoga Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina e guardiã de sua obra diante da plateia. “Quando ela morreu, todos os seus manuscritos ficaram comigo. Eu os levei para Sacramento (MG), onde ela nasceu, mas nada foi feito. Minha luta é para preservar a memória de Carolina Maria de Jesus”, afirmou Vera, umas das personagens mais presentes no diário da escritora que foi lançado nos anos 60 e logo virou um best-seller.


Apesar da fama e do dinheiro com a venda dos livros, a escritora voltou a ter uma vida cheia de dificuldades até morrer, aos 62 anos, em 1977. “Minha mãe não media esforços para ajudar as pessoas. Quem aparecesse na porta de casa pedindo alguma coisa, de um enxoval a uma passagem para voltar para o Nordeste, ela atendia”, relembrou a professora.

Muitas das passagens da vida da escritora estão relatadas no livro “Carolina: Uma Biografia”, do jornalista, escritor, crítico literário do jornal O Globo e colunista da Folha de S. Paulo, Tom Farias, que fez a mediação da conferência.


Sobre a Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto

A 21ª edição da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto teve início em 20 de agosto e acontece até o próximo domingo (28), trazendo como proposta de reflexão o tema "Do Caburaí ao Chuí: a força da Literatura Brasileira". A proposição embasa todas as atividades e debates do evento.

Neste ano, a FIL oferece uma programação com atividades presenciais e outras em formato on-line, reunindo palestrantes e participantes de diversas localidades.  Todas as atividades são gratuitas e abertas à população. São salões de ideias, conferências, palestras, mesas-redondas, oficinas, shows, espetáculos infantis, performances, contações de histórias, saraus e projetos educacionais, entre outras.

Sobre a Fundação

A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, responsável pela realização da Feira Internacional do Livro da cidade, hoje considerada a segunda maior feira a céu aberto do país.

Com uma trajetória sólida, projeção nacional e agora internacional, ao longo de seus 20 anos, a entidade ganhou experiência e, atualmente, além da feira, realiza muitos outros projetos ligados ao universo do livro e da leitura, com calendário de atividades durante todo o ano. A Fundação do Livro e Leitura se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Pronac e do ProAc.

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