18/08/2022 às 14h11min - Atualizada em 19/08/2022 às 08h44min

Mudança profissional: atriz fala sobre a ousadia de largar uma carreira sólida no mercado financeiro

Produtora artística e atriz Daíse Amaral virou a chave aos 30 anos e hoje está em cartaz com espetáculo de teatro sensorial na capital paulista

SALA DA NOTÍCIA Valle da Mídia
Se combinar duas funções profissionais dentro de uma mesma área já é desafiador, imagine equilibrar empregos no setor bancário e artístico. A produtora e atriz Daíse Amaral, 46 anos, sabe bem como dar conta. Aos 30 anos, com emprego consolidado em bancos importantes, especialização em finanças pela USP e curso na Bolsa de Valores de Nova York, ela resolveu ouvir o chamado de outra área que também ama: as artes.

“No começo, como estava muito bem colocada no mercado financeiro e não precisava de nenhuma mudança, a família e alguns amigos levaram um susto. Era como se tivesse começando de novo em uma área que (na visão das pessoas) não tinha condição de me dar sustento”, relembra.

Apesar de ser uma mudança brusca, ela apostou no equilíbrio para a transição. Ainda enquanto trabalhava no banco, foi atrás de formações para começar a carreira de atriz. Passou por três escolas e, após o profissionalizante do Centro de Artes e Educação Célia Helena, obteve o registro.

“Não existe quem vire atriz de um dia para o outro. É preciso estudar para apostar na transição”, afirma.

Em 2006, começou a dar os primeiros passos para montar a DNA Produções Artísticas, que superou a pandemia e atualmente apresenta o espetáculo de teatro sensorial “Saudade é uma brecha no vazio do tempo”, uma poesia cênica com apresentações às quintas e sextas-feiras no Teatro West Plaza, em São Paulo.

A transição de carreira exigiu ousadia, mas também muito planejamento. O conhecimento no setor bancário e de investimentos ajudou muito Daíse a abrir sozinha a DNA. Ainda por dentro das novidades do mercado, hoje ela equilibra a vida de mãe de dois filhos com a de produtora e atriz, sem deixar de ler e operar no mercado financeiro para alguns clientes amigos.

“Na pandemia, quando a produtora parou, dei aula online de introdução ao mercado financeiro e investimentos. Inclusive, várias colegas artistas foram as clientes e foi assim que segurei a produtora inteira. Acho que a área das finanças me ajudou a ser produtora e empreendedora. Escrever dentro da lei, sair para captar recursos, saber administrar e realizar. Às vezes, falta um pouco da consciência de produto na classe artística”, avalia Daíse.

Para chegar no currículo atual de 12 peças e ter como projetos futuros encaminhados um musical e o primeiro filme da DNA, ela passou por diferentes momentos e começou, por exemplo, fazendo intervenções teatrais para empresas em que os clientes surgiram do networking feito no banco em que trabalhava.

Apaixonada por escrever poesias e peças e por atuar, Daíse conta que o projeto em cartaz surgiu das reflexões da pandemia e de querer falar sobre amor, dor, saudade, perda, mas sobre uma nova chance. No encontro com os atores Clóvys Tôrres e Roger Rodrigues, o texto escrito por Clóvys se encaixou na busca que fazia.

“Sempre faço peças que o tema me mova antes. Essa peça trata de momentos, de tratar as feridas e ir para a frente. Estou presa no passado, na dor daquele amor que está na minha consciência e não me liberta. O tempo vem, me visita e começo a ter coragem de trazer o passado para resolver, encerrar a dor, passar a guilhotina para abrir um novo ciclo. Isso vale para tudo na vida, inclusive mudança de emprego”, diz a atriz e produtora.

Com direção de Fernando Nitsch e direção musical de Sérvulo Augusto, a obra inédita tem o amor como o fio condutor que deve levar o público a momentos de emoção e, principalmente, identificação. Os personagens interpretados por Daíse, Clóvys e Roger contam com a magia dos sons, imagens, luzes e músicas para tornar a obra sensorial. Envolvido, o público será provocado a pensar, ouvir e recriar as próprias memórias.

SINOPSE

Que memória você guarda do amor? Um espaço guardado no tempo, olhos que espiam dentro da alma. Um vazio abarrotado de lembranças, imagens, desejos.

Os atores Daíse Amaral, Clóvys Tôrres e Roger Rodrigues viajam ao subconsciente, através da poesia. Um sonho! Um tempo de memórias numa experiência sensorial que desperta no espectador novas narrativas e construções imagéticas e emocionais.

Escrita por Clóvys Tôrres, encenada por Fernando Nitsch e com trilha original de Sérvulo Augusto, o espetáculo “Saudade É Uma Brecha No Vazio Do Tempo” é uma poesia cênica sobre o amor, a passagem do tempo, o abandono e a saudade.

FICHA TÉCNICA:

Atores: Daíse Amaral, Clóvys Tôrres e Roger Rodrigues
Autor: Clóvys Tôrres
Direção: Fernando Nitsch
Direção Musical: Sérvulo Augusto
Assistente de direção: Renatto Moraes
Luz: Cesar Pivetti
Figurino: Daniel Infantini
Cenário: Daniel Infantini e Fernando Nitsch
Assessoria de Imprensa: Valle da Mídia
Maquiagem: Juliana Araújo
Foto: Ricardo Guzzo
Produção e Realização: DNA Produções Artísticas
Coordenadora de produção: Daíse Amaral
Produção executiva e assessoria jurídica: Renatto Moraes
Financeira: Natalia Castagna

SERVIÇO:

“Saudade é uma brecha no vazio do tempo”
Local: Teatro West Plaza – Sala Laura Cardoso | Avenida Francisco Matarazzo, s/n - Shopping West Plaza
Temporada: até 10 de junho – todas quintas e sextas, às 21h
Ingressos: R$ 60 - bit.ly/teatrosaudade
Duração: 50 minutos
Classificação: 12 anos


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