08/08/2022 às 18h10min - Atualizada em 08/08/2022 às 21h30min

Agosto Verde Claro promove a conscientização sobre linfoma

Com o slogan “Domine o linfoma!”, campanha da Abrale informa sobre os sinais, diagnóstico e tratamento da doença

SALA DA NOTÍCIA 4PRESS
www.abrale.org.br
Agosto Verde Claro é o mês de conscientização sobre os linfomas, tipo de câncer de sangue que deve registrar cerca de 15 mil novos casos em 2022, aqui no país. Descobrir e tratar precocemente essa doença e entender tudo sobre ela é indispensável para um bom desfecho clínico.

Durante todo o mês, a Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia realiza a campanha “Domine o linfoma!”, com informações sobre os sintomas, diagnósticos e tratamento da doença.


“Em nosso relacionamento com os pacientes percebemos que ainda há muita falta de informação sobre a doença, diagnóstico e os protocolos terapêuticos.  Sabemos que há gargalos no atendimento, mas há muitos avanços recentes que trazem excelentes resultados clínicos e muita esperança. Precisamos auxiliar na disseminação de informação sobre esta condição de saúde para ampliar o conhecimento dos profissionais de saúde em todo o país. Assim, teremos melhor orientação aos pacientes, melhores oportunidades de promovermos a qualidade de vida e impactarmos em melhor prognóstico”, ressalta a Médica Sanitarista e CEO da Abrale, Dra. Catherine Moura.

O que é o linfoma

Os linfomas aparecem quando os linfócitos e seus precursores que moram no sistema linfático, e que deveriam nos proteger contra as bactérias, vírus, dentre outros perigos, se transformam em malignos, crescendo de forma descontrolada e “contaminando” o sistema linfático.

Divididos entre linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH), esses tumores de sangue apresentam comportamentos, sinais e graus de agressividade diferentes. Entre os sintomas, estão nódulos no pescoço, na região axilar ou virilha, febre, suor profundo à noite e perda de peso.
A Abrale realizou uma pesquisa sobre a jornada do paciente com linfoma, mostrando o desconhecimento a respeito da doença, mesmo para quem havia recebido o diagnóstico.

O levantamento ouviu 1.392 pacientes em seguimento terapêutico, em todo o país. Os resultados mostram que grande parte desconhecia os principais sintomas e havia demorado para procurar um médico por não saber os sinais da doença.

Os pacientes de linfoma de Hodgkin, por exemplo, demoram até três meses para buscar atendimento, mesmo com os sintomas já estabelecidos. Também passam por diversos médicos na atenção básica, o que gera um atraso no encaminhamento ao especialista, atrapalhando o prognóstico.

Já a jornada do paciente com linfoma não-Hodgkin revelou que a demora na busca pelo atendimento médico é de um mês, em média, e que há dificuldades para realização de exames diagnósticos como PET-CT, biópsia do gânglio e biópsia da medula óssea.

Panorama dos diagnósticos de linfoma SUS

Um levantamento realizado pelo Observatório de Oncologia evidencia que o diagnóstico precoce é uma ferramenta fundamental para o controle dos linfomas.

O estudo, realizado a partir de dados abertos do Ministério da Saúde, avaliou a população brasileira diagnosticada com a doença que foi tratada no SUS entre 2010 e 2020.

“Os resultados mostram claramente que medidas efetivas devem ser tomadas imediatamente para garantir o acesso ao diagnóstico precoce em Oncologia. No caso de portadores de linfoma não-Hodgkin (LNH), o estudo revela um maior porcentual de pacientes diagnosticados tardiamente. Também precisamos acelerar o início do tratamento adequado aos pacientes com linfomas, visto que esse é um aspecto essencial para possibilidade de melhor prognóstico e sobrevida, e melhor chance de controle do câncer”, alerta a CEO da Abrale, Catherine Moura.

A pesquisa do Observatório de Oncologia identificou 91.468 casos de linfomas entre 2010 e 2020 que realizaram 721.096 procedimentos de alta complexidade em ambulatórios do Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos pacientes (55%) era do sexo masculino, portadores de linfoma não-Hodgkin (74%), com média de 49 anos, sendo a faixa etária de 60 a 69 anos a mais comum (19%). Grande parte (94%) realizou o tratamento com quimioterapia e 6% fez radioterapia.

Ao considerar aqueles pacientes com registros válidos, a maior parte dos pacientes (55%) foi diagnosticada em estágios 0, I e II, com diagnóstico mais precoce em pacientes portadores de linfoma de Hodgkin (60%) do que pacientes portadores de linfoma não-Hodgkin (53%).

A demora no diagnóstico torna o tratamento de linfomas mais caro para o SUS. Para pacientes diagnosticados em estádios avançados (III e IV), o gasto médio é 34% superior quando comparado com pacientes diagnosticados precocemente. Em todo o período, o gasto médio por paciente foi de R$11.118,45 e entre os anos de 2011 e 2014, o valor por paciente foi superior à média do período.

Quase a totalidade (97%) dos pacientes fez o tratamento em seu estado de residência, porém a maioria deles (57%) realizou o tratamento fora do seu município. O estado de São Paulo concentrou 25% dos pacientes, seguido por Minas Gerais (10%) e Rio Grande do Norte (10%).

Os dados completos do estudo do Observatório de Oncologia estão no link https://observatoriodeoncologia.com.br/panorama-do-diagnostico-de-linfomas-nos-pacientes-do-sus-analise-de-dados-abertos-para-o-planejamento-estrategico-da-saude/


 


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