28/07/2022 às 09h24min - Atualizada em 29/07/2022 às 00h04min
Open Insurance altera a forma como seguros são entregues aos consumidores, aponta Accenture
A atual agenda de Open Insurance é resultado de um movimento iniciado pelo Bacen e SUSEP
SALA DA NOTÍCIA Imprensa Accenture
A atual agenda de Open Insurance é resultado de um movimento iniciado pelo Bacen e SUSEP, posicionando o Brasil na vanguarda com agendas de abertura de dados financeiros e de seguros. A Accenture mostra no levantamento que a propensão à disrupção futura está fortemente atrelada ao Open Insurance, que vai acelerar a inovação sob diferentes aspectos, com destaque para personalização de produtos, monetização dos serviços proprietários e criação de novas parcerias e modelos de distribuição. O estudo apresenta quatro impactos que o Open Insurance traz para a indústria financeira: - movimento promove a redução de barreiras de entrada e o acirramento do ambiente competitivo pelo livre compartilhamento de dados
- busca trazer mais eficiência ao mercado e aumenta a transparência nas relações entre os clientes e as instituições
- empoderamento do consumidor, que está mais digital, e diminuição do efeito de ‘lock-in’ existente em alguns mercados
- expectativa de maior compressão das margens de produtos transacionais pela redução de assimetrias de informação
Outro ponto relevante no levantamento é que, no Open Insurance, quanto maior a combinação entre compartilhamento de dados e desenvolvimento do ecossistema, maior é a relevância para o consumidor. O estudo aponta os quatro fatores de relevância para o consumidor: - compartilhamento de dados pessoais, de produtos, canais de atendimento, movimentações e dispositivos eletrônicos
- integração, compartilhamento e interoperabilidade com o Open Banking
- incorporação das Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguro (SISS) como novos componentes do ecossistema.
- habilitação do ecossistema entre os participantes por meio de APIs
A preferência do consumidor brasileiro de seguros vem mudando nos últimos dois anos e a pandemia trouxe alguns impactos no setor de seguros, como: - a preocupação com a segurança financeira aumentou de 37% para 50% desde o início da pandemia
- o número de brasileiros dispostos a comprarem seguros online subiu de 43% em 2018 para 63% em 2020
- complicações durante a pandemia geraram crise de confiança no setor; apenas 1/3 dos consumidores afirmam confiar nas Seguradoras
O Open Insurance deve ser fator decisivo para as seguradoras mostrarem seu diferencial e endereçarem a questão “custo-benefício” que muitas vezes se resume a preços menores. E o consumidor se mostra interessado em compartilhar seus dados em troca de ofertas adequadas, além de preços menores, busca-se melhores conselhos, serviços e descontos. Para as seguradoras, o tema é relevante pois altera a dinâmica de mercado de 226 bilhões de reais em prêmios e arrecadações. Para a sociedade, o Open Insurance é relevante, pois facilita a inserção de pessoas físicas e PMEs que não eram atendidas pelos produtos e canais tradicionais de seguros. O estudo aponta as possíveis opções de posicionamento estratégico que as seguradoras têm à sua disposição: - Fábrica de riscos - oferta de serviços de subscrição e outras capacidades core de seguros por meio dos canais tradicionais
- Open de produtos e serviços - novas ofertas e serviços agregados na adjacência de seus principais produtos por meio dos canais tradicionais
- Plataforma de seguros - oferta de serviços e capacidades e extensão de ofertas na adjacência de produtos de seguros em canais abertos e ecossistemas digitais.
- White label - ofertas tradicionais por meio de canais abertos e ecossistemas digitais