23/07/2018 às 10h15min - Atualizada em 23/07/2018 às 10h15min

Ministra da Alemanha vê como ‘alarmante’ a decisão de Özil de deixar a seleção

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Agência O Globo -
Agência O Globo -

A ministra de Justiça da Alemanha, Katarina Barley, chamou de "alarmante" a decisão do meia Mesut Özil de deixar a seleção. Em seu perfil no Twitter, a política citou o motivo a explicação dada pelo campeão mundial de 2014 para não vestir mais a camisa do seu país, que foi o racismo porque ele é filho de turcos.

"É um sinal alarmante que um grande jogador como Özil não sinta querido em seu país e representando a DFB por racismo", escreveu a ministra, após as críticas lançadas pelo jogador ao presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Reinhard Grindel.

Özil anunciou no domingo a sua decisão de retirar-se da seleção, em um comunicado enviado em três partes pelo Twiter. O meia do Arsenal afirmou que para Grindel e sua cúpula de um jogador de origem imigrante como ele só aceito quando você ganha, mas não quando se perde.

O atleta de 29 anos, que foi apontado como um dos culpados pela eliminação da equipe ainda na primeira fase da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, acusou a federação de não o aceitar como alemão, apesar de ele ter vencido o Mundial de 2014, no Brasil, para o país onde nasceu.

"Eu tenho dois corações, um alemão e um turco. Eu nasci e estudei na Alemanha. Por que existem pessoas que ainda não aceitam que eu sou alemão", perguntou meio-campista.

Özil foi bem criticado por seu encontro com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que foi acusado de violações de direitos humanos. O registro gerou uma polêmica acirrada na Alemanha e entendido como um apoio do jogador para a campanha de a reeleição do atual chefe de estado.

O armador do Arsenal tem ascendência turca e defendeu suas ações em uma declaração longa, na primeira vez em que abordou publicamente o assunto.

A carta na íntegra:

".

Özil foi tão pronunciada pela primeira vez após a comoção causada um e meio por uma fotografia que apareceu ao lado do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, uma questão que gerou uma polêmica acirrada na Alemanha entendido como apoio para a campanha isso faz para a reeleição.

O jogador explicou agora decidiu tomar essa imagem, porque não fazê-lo teria sido interpretada como uma "falta de respeito" por suas "raízes turcas", acrescentando que "retorno" para fazê-lo.

"Para mim, tirar uma foto com o presidente Erdogan não tem nada a ver com política ou eleições, mas com respeito pelo mais alto cargo no país da minha família", disse ele.

A polêmica em torno da foto acompanhou Özil durante toda a Copa do Mundo na Rússia e persistiu após a eliminação precoce da equipe alemã, que defendeu o título, na fase de grupos.

A renúncia do meio-campista desencadeada, em paralelo, uma enxurrada de críticas da cúpula Federal, e fortemente questionada pelo papel mal da Alemanha na Rússia.

Há poucos dias, o Presidente do Conselho do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, e criticou Grindel, que ele descreveu como incompetente.

Hoje, exportavoz DFB, Harald Stenger disse Grindel é "o pior presidente na história federativa", disse à ZDF televisão pública e senti que era hora de substituí-lo, independentemente do caso Özil.


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