28/06/2022 às 22h47min - Atualizada em 28/06/2022 às 22h47min

Minimalistas e sustentáveis: saiba mais sobre as casinhas feitas para quem quer descomplicar a vida

Modulares e autossuficientes em energia, as construções pré-fabricadas estão evoluindo; projetos podem ser finalizados em poucas semanas

AB Notícias News
Estadão
Reprodução/ web
Em busca de métodos mais sustentáveis que agilizem o processo de construção e entrega para habitar, empresas investem em maneiras inovadoras de morar, automatizando e fabricando partes dos imóveis que aceleram a obra com entregas prontas para o proprietário.  Isso diminui custos, desperdícios de materiais, mão de obra e, por isso, é mais sustentável. 

Segundo relatório produzido pela 360 Market Updates em avaliação global, o  mercado de casas modulares foi avaliado em US$ 45.380 milhões em 2019. De acordo com a estimativa, o setor chegará a US$ 55.560 milhões até o final de 2026. Outro dado da Swift Line calcula que ​​o mercado global de construção de habitações pré-fabricadas e modulares multifamiliares cresça de US$ 38,50 bilhões em 2021 para US$ 41,18 bilhões somente este ano de 2022.


De olho nesse mercado, o canadense François Turgeon fundou, em parceria com o franco-brasileiro Gaetan Mahe, a Constellations Kujuk Ecopod, empresa que cria casas baseadas em um conceito de geometria sagrada das mandalas, autônomas e ecológicas com design moderno. Porém, o modelo não é pensado para ser uma moradia fixa. A ideia é que a acomodação possa abrigar um camping ecológico que oferece uma experiência diferente na natureza. 

As casinhas têm custo inicial de 35 a 55 mil dólares canadenses, cerca de R$143.150 a R$224.950 respectivamente.  

O material usado para a construção das casas é, principalmente, madeira de vários tipos e plywood (madeira de compensado) para a estrutura. O acabamento é de cedro, mas a dupla já está desenvolvendo maneiras de usar materiais com estéticas melhores para o interior, além do poliuretano – garrafa pet reciclável e lã ecológica para o isolamento acústico.

O modelo Kujuk Ecopod, que possui um design mais complexo, leva dois meses para ser concluído, mas a startup também estuda formas de acelerar o processo e diminuir o tempo pela metade. 

Tiny house: casas para nômades
O conceito Tiny House surgiu nos EUA como uma opção de moradia acessível que cresceu em 2008, durante a forte crise econômica americana. Aos poucos, foi sendo adaptada para uma filosofia de vida minimalista, com espaços funcionais e sem exageros, que se espalhou por países como Austrália, Canadá e Brasil.

O objetivo da empresa é que este movimento ganhe ainda mais adeptos no Brasil, mostrando que é possível viver com menos e ter uma vida mais simples, minimalista e em contato com a natureza.  

O projeto Tiny House Avanguardia tem um terreno móvel (chassi) de 6 metros de comprimento por 2,40 metros de largura e conta com dois mezaninos que podem acomodar de duas a quatro pessoas.

O modelo é composto por uma área útil de 13,20 m² no térreo (banheiro, cozinha e uma sala multiuso que pode se transformar em quarto), um mezanino (quarto) acima da sala de 5,28 m² e um segundo mezanino de 2,40 m² acima do banheiro (área de leitura), totalizando uma área de 20,88 m². Além dos dois decks para descanso, relaxamento, lazer, que coloca o morador em contato com o ambiente exterior.

Segundo informações da Timer Homes Brasil, empresa que idealizou o projeto Avanguardia, ele foi construído com o processo em Light Steel Frame (aço galvanizado), toda revestida em madeira de pinus e eucalípto de reflorestamento. Isso permite um sistema construtivo totalmente sustentável. A casa também recebe mantas internas, promovendo excelente conforto termo-acústico, favorecendo a economia de recursos energéticos.


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