23/07/2018 às 10h15min - Atualizada em 23/07/2018 às 10h15min

Brozovic simboliza o perfil da seleção croata, unida em prol da conquista inédita da Copa

Bernardo Mello

Agência O Globo -
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Experientes e talentosos, Modric e Rakitic são os líderes naturais da Croácia na final de hoje. Porém, na seleção do técnico Zlatko Dalic, o coletivo dá o tom. Não faltam coadjuvantes dispostos a liderar uma revolução rumo ao título.

Modric leva a fama de incansável — e com justiça, pois é o atleta com mais quilometragem (63 km) nesta Copa. Mas foi o “operário” Marcelo Brozovic, silencioso na sombra do craque, quem mais correu nos seus dois jogos completos, contra Argentina e Inglaterra. Foi escalado justamente para proteger Modric. Chegou, na soma de ambos, a 27,5 km de ação. Há quem leve seis tempos para chegar a tanto.

Brozovic, além de fazer jornada dupla em campo, lançou moda a partir do futebol. Suas comemorações de gols com a mão no queixo, comuns na Inter de Milão, viraram tatuagem, mania entre os jogadores croatas e até símbolo na fachada do seu bar, Epic Brozo, aberto em janeiro. É fácil só enxergar no volante croata o lado exótico, mas seu pai deu o maior voto de confiança há dez anos: pediu que o filho largasse a escola para priorizar o futebol. Podia dar errado, mas esta é uma Croácia que sabe contrariar as expectativas.

— Gostamos de ser tratados como azarões — avisou o zagueiro Lovren, desafiador: — Se estamos na final, quer dizer que somos um dos dois melhores times do mundo.

‘Se Perisic estiver confiante, vamos ser campeões’

Poucos representam tão bem a ascensão dos coadjuvantes croatas quanto Perisic. Antes de virar herói contra a Inglaterra — fez o gol de empate e deu a assistência para o da vitória —, ele vinha num momento complicado. Tinha chutado a bola 13 vezes para fora nesta Copa, mais do que qualquer outro.

— Após o gol, Perisic virou um jogador completamente diferente. Ele sofre de falta de confiança. Se tivermos um Perisic confiante em si mesmo, seremos campeões — destacou o técnico Zlatko Dalic, que fez mea culpa pelo rendimento do camisa 4: — Ele não está no seu ápice, mas sou o responsável. Pedi para ele ajudar a defesa.


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