25/06/2022 às 15h21min - Atualizada em 25/06/2022 às 15h21min

Coletivo feminista levanta 305 mil assinaturas pedindo afastamento de juíza que dificultou aborto legal

Juíza Joana Ribeiro Zimmer atuou para impedir aborto legal de criança estuprada e diz não se arrepender

AB Notícias News
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Reprodução/ web
O governo Jair Bolsonaro (PL) usou R$ 375,9 milhões de sobras do Bolsa Família para cobrir despesas das Forças Armadas. A verba foi remanejada no fim de 2021 e bancou desde auxílio-moradia de militares a projetos estratégicos do Ministério da Defesa, como o Astros 2020, um sistema de lançadores múltiplos de mísseis.

O dinheiro pode ser aplicado nos gastos militares após o Congresso flexibilizar o destino do saldo do programa de transferência de renda que foi substituído pelo Auxílio Brasil. O jornal Folha de S.Paulo mostrou que R$ 90 milhões em verbas originalmente reservadas ao Bolsa Família foram usadas para compra de tratores a aliados de Bolsonaro.


No total, o governo remanejou cerca de R$ 18,8 bilhões do programa a outras ações. Quase metade dessa cifra custeou as primeiras parcelas do Auxílio Brasil -a aposta do governo para a reeleição de Bolsonaro.

Coletivo feminista, o "Juntas!" conseguiu levantar pelo menos 305 mil assinaturas em abaixo-assinado que pede afastamento da juíza Joana Ribeiro Zimmer, que atuou para impedir aborto legal de criança estuprada em Santa Catarina.

No último dia 15, poucos dias antes de a atuação da magistrada na audiência judicial vir a público após matéria do site The Intercept Brasil, Zimmer foi promovida na Justiça de Santa Catarina.

“A juíza Joana Ribeiro Zimmer tem atuado contra o estatuto da Magistratura e a Lei Mari Ferrer, que resguarda vítima de violência no processo judicial”, afirmou o documento.

Em vídeo divulgado na reportagem, Zimmer pergunta se a menina de 11 anos, estuprada, “suportaria ficar mais um pouquinho com o bebê”, e se o estuprador “concordaria” com a adoção do eventual bebê.

Além de investigações disciplinares contra Zimmer no CNJ, a promotora do caso, Mirela Dutra Alberton, também é alvo de apuração no Conselho Nacional do Ministério Público.


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