23/07/2018 às 10h15min - Atualizada em 23/07/2018 às 10h15min

França chega à decisão com Giroud sem gols e com críticas semelhantes às sofridas por Gabriel Jesus

Bruno Marinho

Agência O Globo -
Agência O Globo -

Moscou - Na seleção praticamente indefectível da França, restou a Olivier Giroud ser alçado para Cristo. Ele chegará à decisão de domingo, contra a Croácia, em Moscou, como o principal alvo de críticas na equipe treinada por Didier Deschamps. Qualquer semelhança com o que viveu o camisa 9 da seleção brasileira na Copa do Mundo, Gabriel Jesus, não é mera coincidência.

Afinal de contas, os dois experimentaram na Rússia a expectativa de serem goleadores e a realidade de serem centroavantes sem um gol sequer na competição. O brasileiro não tem mais nada a fazer a respeito - eliminado nas quartas de final para a Bélgica, terá de esperar até 2022 para fazer seu primeiro gol em Mundiais. Já o francês terá sua última chance na final.

Outra semelhança entre os dois jogadores é o papel de bombeiro que os respectivos companheiros de equipe assumiram, dispostos a apagar a chama das críticas que queimam o filme de Giroud e Gabriel Jesus. Nas coletivas da seleção brasileira, o atacante do Manchester United tinha seu papel tático na equipe enaltecido para compensar a falta de pontaria. Entre os franceses, o argumento é praticamente o mesmo.

- Ele tem jogado pela França há muito tempo, é um líder, estamos muito felizes pelo campeonato que está fazendo. É verdade que ele não está marcando, mas tem ajudado muito o time, defensivamente, ofensivamente - ressaltou o volante Matuidi.

O volante da Juventus conhece muito bem o atacante do Chelsea. Eles jogam juntos pela seleção francesa desde 2012 e Matuidi nunca viu Giroud amargar um jejum tão grande de gols pela França. Se ele não marcar contra a Croácia, chegará ao nono jogo em branco e viverá o maior jejum de sua longa carreira pela seleção - são 80 partidas e 31 gols marcados.

- Giroud está frustrado por não marcar gols, mas o mais importante é que ele tem nos ajudado a vencer. Não acho as críticas justas, ele tem feito um grande trabalho - complementou Matuidi.

Assim como aconteceria com Gabriel Jesus, se a França for campeã do mundo, a má fase de Giroud e a permanência dele na equipe titular serão apenas um porém na campanha do título e no trabalho de Didier Deschamps. Mas se a Croácia for capaz de protagonizar a maior zebra da história das Copas do Mundo, certamente o jogador será apontado como um dos responsáveis pelo fracasso dos franceses. Assim é a vida.


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