31/05/2022 às 15h56min - Atualizada em 31/05/2022 às 15h56min

Mudanças climáticas podem agravar insônia, sugere estudo

AB Notícias News
TecMundo
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De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Copenhagen, Dinamarca, noites mais quentes podem interferir na qualidade do sono, aumentando os casos de insônia, principalmente em idosos e mulheres.
A insônia marca presença constante na vida das pessoas. A dificuldade de dormir e a perda na qualidade de sono, podem gerar diversos problemas de saúde, como aumento do estresse, irritabilidade, problemas na função cognitiva, aumento da pressão arterial e agravamento de quadros depressivos.
A falta ou má qualidade do sono pode ter diversas causas. Entre elas estão estresse, rotinas de trabalho e estudo, problemas físicos, emocionais, e ainda, de acordo com os pesquisadores dinamarqueses, noites mais quentes.

Com as mudanças climáticas e o aumento das temperaturas durante a noite, os pesquisadores estimam que as horas perdidas de sono aumentem. Atualmente, eles estimam que as pessoas percam, em média, 44 horas de sono por ano, e que no ano de 2099, 50 horas de sono serão perdidas, em um cenário em que as emissões dos gases do efeito estufa estejam estabilizadas, e 58 horas de sono, caso a emissão siga em uma crescente.
A pesquisa coletou dados entre os anos de 2015 e 2017, de mais de 47,5 mil pessoas, de 68 países ao redor do mundo. A fonte dos dados foi um aplicativo de celular, que armazena informações transmitidas por pulseiras de monitoração do sono. Com o cruzamento dos dados do aplicativo, com informações do clima e temperatura das regiões em que os participantes estavam, os pesquisadores puderam observar alguns achados interessantes.
Os resultados apontaram que pessoas em países de menor renda, mulheres e idosos, são os que mais sofrem com insônia por interferência do clima na hora de dormir. E que, em temperaturas acima de 25ºC, as pessoas, no geral, tendem a dormir menos de 7 horas por noite.
Apesar desses achados, os pesquisadores informam que mais estudos devem ser realizados para se compreender melhor a relação entre as noites mais quentes, provenientes dos efeitos das mudanças climáticas, e a piora na qualidade do sono. E também compreender as diferenças observadas nos índices de insônia entre pessoas residentes em países de maior renda, quando comparados aos de menor renda.


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