23/05/2022 às 17h14min - Atualizada em 23/05/2022 às 17h14min

Flin transforma Cajazeiras em pólo da literatura; programação tem Baco Exu do Blues

AB Notícias News
Correio
Camila Souza/GOVBA
Três dias, várias Cajazeiras, um ginásio e diversas possibilidades. Isso é um resumo do Festival Literário Nacional (Flin), que vai transformar Cajazeiras num pólo da literatura em Salvador e durante três dias ocupa o Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras com sua segunda edição.
O evento traz nomes como Baco Exu do Blues, Itamar Vieira Junior, Thiago Banha, Aurita Tabajara, Rita Batista, Micheliny Verunschk e Bixarte, com o intuito promover reflexões diversas sobre as transformações sociais e culturais a partir da leitura.
Com o mote “Diversas Leituras e Novos Caminhos”, o festival retorna para Cajazeiras, bairro com maior população da América Latina, em três dias de atividades reunindo crianças, jovens e público interessado na cultura literária. “O fundamento é apresentar as diversas possibilidades de leitura, e dinamizar aquela região que sempre foi um berço cultural, mas era carente de ações desta proporção”, destacou a secretária de Cultura do Estado, Arany Santana.

Em 2019, a primeira edição do Flin reuniu mais de 15 mil pessoas, entre artistas, editoras e escolas. Após o isolamento social, necessário para combater a transmissão do coronavírus, o festival retorna ao bairro abordando as transformações culturais e sociais a partir da leitura.
Diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo afirma que a segunda edição do Flin na região reforça o compromisso com a juventude local.
“O retorno do Flin para Cajazeiras, revela a permanência do compromisso da Fundação em fazer com que as políticas públicas do livro e da leitura cheguem aos jovens que estão na ponta da linha. Além de permitir que escritores, pensadores e artistas do mundo da literatura possam dialogar diretamente com essa juventude tão plural e diversa", avalia.
A ocupação que acontece no Ginásio Poliesportivo, com área de mais de três mil metros construída, terá sua quadra, com capacidade para mais de duas mil pessoas, dividida nos palcos Arena e Tenda, onde ocorrerão as mesas literárias, conversas e os shows.
Na área externa, com capacidade para 7 mil pessoas, acontecerão as oficinas, atividades infantis e as apresentações no espaço Rótula Cultural, criado especialmente para os talentos de Cajazeiras, reunindo artistas do slam, poesia, música, dança e performance.
 
Programação
No dia 9, a mesa de abertura recebe o rapper baiano Baco Exu do Blues para uma conversa com a jornalista Rita Batista. No mesmo dia, Evanilton Gonçalves, escritor de “Coração em outra América” e a poeta Rita Santana, dialogam sobre como as liberdades estão ameaçadas.
O dia ainda conta com uma conversa sobre educação empreendedora e as populações pretas, com a jornalista Luana Souza e Karine Oliveira, CEO da Wakanda Warriors. Por fim, tem batalha de mc’s na Rótula Cultural e show da cantora Nêssa.
Na sexta-feira (10), o Flin traz o premiado escritor de “Torto Arado”, Itamar Vieira Junior, para refletir quais os impactos das ações atuais em nosso futuro.
Na mesa “Onça que ruge, onça que fala”, tem o diálogo com a escritora cearense Auritha Tabajara e a escritora Micheliny Verunschk. Pela tarde acontece o sarau da JACA, e o show fica por conta do rapper Hiran e do soteropagotrap de Guedez.
No último dia da programação, acontece uma roda de conversas sobre pessoas trans e a literatura, com a cantora e poetisa Bixarte, o escritor baiano Esteban Rodrigues, com mediação do poeta Alex Simões.
A resenha está garantida com o comediante Tiago Banha, numa mesa com a atriz e apresentadora Luana Xavier, sobre o riso e seus limites, o público presente ainda poderá conferir o Slam das Minas. Encerrando a programação, a banda Afrocidade sobre ao palco do Flin.
Os três dias de festival ainda recebem o projeto Boca de Afofô, mesacast que terá transmissão ao vivo no canal do youtube @fpedrocalmon e reunirá artistas de diversas áreas num bate-papo descontraído.
A Secretaria da Educação do Estado (SEC), desenvolverá oficinas de arte visual periférica, customização de turbantes, fotografia com celular e de escrita criativa. Além disso, o festival reúne uma feira do livro, com diversas editoras e uma programação infantil repleta de contação de histórias, lançamento de livros e apresentações teatrais.


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