19/05/2022 às 15h49min - Atualizada em 19/05/2022 às 16h01min

Casa Vogue realiza um tour por fazendas de café no interior de São Paulo

Em busca de qualidade de vida e formas sustentáveis de cultivo, produtores recalculam a rota em nome da paixão pelo café especial. Na esteira da mudança, esses novos cafeicultores revigoram a bebida com produção premiada, consciência ambiental, investimento em gestão e fortalecimento do turismo rural

SALA DA NOTÍCIA Suellen de Andrade
Casa Vogue_edição de maio_ Gui Gomes
A edição de maio da Casa Vogue, já disponível nas bancas de todo o país, traz uma reportagem especial sobre as fazendas de café no interior de São Paulo, e mostra como os novos cafeicultores revigoram a bebida com produção premiada, consciência ambiental, investimento em gestão e fortalecimento do turismo rural.

Se para muitas famílias o sonho de largar tudo e migrar para o campo não vai além do âmbito do desejo, há outras tantas para quem o anseio bucólico ultrapassou a imaginação e se concretizou numa realidade com sabor de café. É o caso, por exemplo, de Valmor Santos e Adriane Freddi, típicos paulistanos enraizados na metrópole, na qual fizeram a vida e de onde não cogitavam sair. Absorvidos pelos trabalhos formais de metalurgia e publicidade, gostavam de viajar nos fins de semana para acampar e pegar o carro em expedições mais longas. “Em um feriado, sairam com a missão de descobrir cachoeiras e pararam em Bueno Brandão cidade mineira na divisa com São Paulo.


“Viemos para Bueno Brandão há 21 anos, fomos os primeiros forasteiros. Nos receberam muito bem. Cada dia alguém trazia uma comida típica para experimentarmos”, rememora a ex-publicitária.

Um desses visitantes encorajou-os a plantar café, atividade comum na região. Em 2003, chegaram os primeiros pés. Eles levam, no mínimo, três anos para gerar os grãos que darão origem à safra. A espécie arábica, mais adequada para a topografia montanhosa do sul de Minas, se adaptou muito bem ao local. Apaixonada pelo assunto, a dupla se pôs a frequentar cursos, eventos e capacitação agrícola. Batizou seu produto Café Campo Místico, em referência a um dos nomes anteriores do município. Nos passeios guiados, é possível colher os frutos, aprender sobre agrofloresta e ainda ouvir as deliciosas histórias da família, contente com tudo que conquistou nesses anos, principalmente o retorno da nascente da propriedade depois da recuperação da vegetação.

FLOR QUE NASCEU DOCE
Não muito longe, o famoso “logo ali” dos vizinhos mineiros, outro casal, Marcia e Tuffi Bichara, iniciou uma trajetória semelhante em Monte Alegre do Sul, SP. Há 20 anos receberam um incentivo da cidade para ocupar as terras onde hoje está a Cafezal em Flor. Para a doação era necessário que fomentassem o turismo, e assim procederam. Marcia, como historiadora, e Tuffi, como zootecnista, estudaram o entorno e, juntos, valorizaram as tradições regionais, marcadas pela imigração italiana e a presença de águas minerais e rochas vulcânicas. As pedras que surgiam ao abrirem as primeiras lavouras foram usadas na base da edificação principal e, logo em seguida, nos chalés que hoje servem de pousada. “Tudo é construído com material recuperado e em convívio com a produção”, explica Marcia.

Ao som da cachoeira que desemboca no Rio Camanducaia, os hóspedes tomam o desjejum, comem pratos regionais e caminham em meio à natureza. A Cafezal em Flor nasceu com o foco na agrofloresta e na sustentabilidade ambiental, econômica e social, e semeou centenas de árvores. “O cafezal permite a convivência entre a fauna e a flora”, ressalta a proprietária. A estadia estimula vivências temáticas, tanto na época de plantio quanto na de colheita, nos meses de maio a agosto. Há ainda o aprendizado da torra e do preparo, feitos na cafeteria que ocupa um galpão erguido com materiais recuperados de casas antigas das proximidades.

DIVERSIDADE E ATITUDE
O Brasil que dá certo, segundo a produtora Tuca Dias, é o que ela gosta de apresentar na Fazenda Santa Alina, em São Sebastião da Grama, SP, sob sua administração há 12 anos. A gleba está na família faz mais de um século, mas passa, em suas mãos, por constantes mudanças. Diferentemente das histórias anteriores, Tuca contabiliza mais de 9 mil sacas por ano e exporta café cru para vários países, como Estados Unidos, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Japão. Para isso, ela se viu desafiada a revolucionar a forma de se relacionar com os colaboradores. Dentre dezenas de adaptações ao longo do tempo, as mais recentes são o trabalho educativo com as crianças da fazenda, por meio de aulas extracurriculares, e o ensino sobre café e culinária. “Pequenos movimentos mudam as gerações”, acredita.

Atenta às tendências do mercado gourmet, ela também vende para lojas de São Paulo e gosta de percorrer o Brasil e visitar produtores internacionais para entender como trabalham o visual das embalagens e a comunicação.
Como nas outras duas propriedades desta reportagem (e dezenas delas Brasil adentro), conhecer de onde vem e quem faz o café torna o ritual de saboreá-lo ainda mais prazeroso.

A matéria completa, para ver os detalhes destas três propriedades, na edição de maio da Casa Vogue, disponível nas bancas em todo o país.

Serviço:
Casa Vogue | Edição de maio
Já nas bancas

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Casa Vogue é a revista de maior prestígio do Brasil em decoração, design, arquitetura e lifestyle. Referência máxima em comportamento e tendências, todos os meses encanta e inspira os amantes do bom viver.

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