Moscou - Rakitic cobrou o pênalti, a Croácia eliminou a Rússia e avançou à semifinal da Copa do Mundo. Num misto de euforia e cansaço, croatas desabaram no chão ou levaram as mãos no joelho num evidente sinal de cansaço. A pergunta agora é: sobrou fôlego para enfrentar a descansada Inglaterra na semifinal de amanhã?
Nenhum dos semifinalistas esteve em campo mais tempo que a Croácia, que jogou 547 minutos por causa das duas prorrogações seguidas. E talvez um dado mais simbólico: nenhum dos jogadores da Inglaterra se movimentou mais do que Modric, de 32 anos, com quase 51 quilômetros. Ficou no gramado por 517 minutos — mesmo número acumulado da seleção inglesa.
Nos cinco jogos até aqui, os números provam o quão fundamental Modric é na criação do time. Sua precisão chega a 83% de passes certos. Ou seja, toda bola passa pelos pés do meia do Real Madrid.
Nem mesmo na partida contra a Islândia, a última da primeira fase, com o time já classificado, ele ganhou uma folga completa do treinador.
— Todo mundo está pronto. É uma semifinal de Copa. Ninguém vai reclamar de nada. Estamos finalmente perto de um feito. Vamos deixar a última gota do nosso suor para conquistar nosso objetivo — disse o atacante Mandzukic.
O desgaste não se resume aos cinco jogos até o momento na Copa. Assim como a maioria dos jogadores das grandes ligas europeias, o ano de Modric começou em julho de 2017. Antes da estreia com a Nigéria, o croata já tinha entrado em campo 56 vezes pelo Real Madrid e pela seleção, num total de 4.583 minutos de jogo.