23/07/2018 às 10h15min - Atualizada em 23/07/2018 às 10h15min

Mais experiente da Inglaterra, Young diz: 'Temos grandes chances de sermos campeões'

Bruno Marinho, enviado especial

Agência O Globo -
Agência O Globo -

São Petersburgo - Em um grupo de 23 jogadores, somente três passa dos 30 anos na seleção da Inglaterra que está na Copa do Mundo. Ashley Young é um deles, titular e nome mais velho que Gareth Southgate trouxe para a Rússia, com o perdão do trocadilho com o sobrenome. Em um momento de renovação do futebol inglês, o jogador do Manchester United tenta aproveitar ao máximo o momento ao lado dos mais novos. O ápice pode ser o título mundial.

Finalmente os ingleses se permitem se ver e falar sobre si mesmos enquanto candidatos à Taça Fifa. As seguidas decepções nas grandes competições finalmente ficaram para trás. Young viu à distância os ingleses serem eliminados ainda na primeira fase da Copa do Mundo do Brasil, quatro anos atrás, e serem derrotados pela Islândia na Eurocopa de 2016. Não foi convocado nas duas oportunidades e a queda no campeonato europeu para o rival então inexpressivo parecia o fundo do poço. Agora a realidade é outra.

- Temos grandes chances de sermos campeões do mundo. Estamos a duas partidas de realizar esse sonho. Eu sempre sonhei com isso, desde criança. Voltamos a uma semifinal de Mundial depois de 28 anos, mas queremos ir mais longe.

No caminho para a glória está a Croácia. O jogador treinado por José Mourinho lembra até o estilo meio arrogante do treinador português. Evita falar sobre as qualidades do adversário, garante que a Inglaterra precisa se preocupar mais em fazer o próprio jogo do que anular o do rival. As duas seleções se enfrentarão na quarta-feira, em Moscou, uma partida que colocará frente a frente duas seleções de estilos diferentes: a juventude e os talentos emergentes da Inglaterra contra o trio de medalhões croata: Rakitic, Modric e Mandzukic.

- Nunca estivemos tão bem numa Copa do Mundo recente, os jovens estão fazendo um grande trabalho. É fantástico. Vejo tanto futuro para esse grupo, essa Copa pode ser só o começo, que eu pergunto para mim mesmo, se não posso estar aqui com eles por mais um tempo. Estou me sentindo um jovem com eles - afirmou Young, ainda cogitando seguir com a seleção depois da Rússia.

A sensação de frescor e juventude fica evidente na estrutura que a Inglaterra montou para a interação entre jornalistas e jogadores para o Mundial. Depois de chegarem à Rússia desacreditados, o ambiente passou a ser de otimismo a cada vitória. Jogadores conversam com repórteres livremente em uma sala de convivência com bebidas, comidas, mesa de sinura, de totó e até mesmo pistas de boliche.

Foi para lá que Young partiu depois da entrevista coletiva. Ele tentou três strikes, mostrou que seu talento com a bola de futebol é bem maior do que com a de boliche e depois seguiu para a concentração. A Inglaterra parece finalmente fazer as pazes com sua história como criadora do futebol. Eles tentam provar que chegou a hora de o esporte voltar a para casa.

- Pelo menos por parte dos jogadores, a confiança no que éramos capazes sempre foi grande. Esse grupo é muito bom, sabe o que quer desde o início da preparação. Ficamos felizes em ver que os fãs estão acreditando cada vez mais. Torcemos que eles apareçam em um número ainda maior na quarta-feira - finalizou Young.


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