23/07/2018 às 10h15min - Atualizada em 23/07/2018 às 10h15min

Croácia vai de 'sparring' do Brasil à semifinal da Copa de 2018

Igor Siqueira e Tatiana Furtado, enviados especiais

Agência O Globo -
Agência O Globo -

No dia 3 de junho, Brasil e Croácia se enfrentaram em Liverpool, em um amistoso preparatório para a Copa do Mundo. A ideia era, do ponto de vista brasileiro, enfrentar um time de bom nível, que daria ritmo para a Copa. O que ninguém poderia imaginar é que, pouco mais de um mês após aquele encontro, quem estaria em uma das semifinais do Mundial seriam os croatas e não a seleção brasileira.

A Croácia surpreendeu, já igualou a geração de 1998 ao chegar entre os quatro melhores times da Copa e vê o sonho de chegar à final de perto. Para isso, é preciso vencer a Inglaterra, nesta quarta-feira, em Moscou.

Naquela tarde ensolarada em Liverpool, os croatas deram trabalho ao Brasil, especialmente no primeiro tempo, mas ainda não tinha apresentado atributos suficientes para que deles se esperassem uma semifinal de Copa. Os holofotes, inclusive, estavam sobre a seleção de Tite e o que iria acontecer com Neymar, que iniciou o jogo no banco, mas entrou no segundo tempo e fez o primeiro gol da vitória por 2 a 0.

- Foi um teste muito útil, Brasil é um time de grande poder ofensivo. Eles têm alguma coisa similares com a Inglaterra em termos de ataque. Naquele dia, jogamos bem, mas depois perdemos. Os primeiros 16 minutos foram muito bons - lembrou o atacante Kramaric, em coletiva nesta terça-feira.

A Croácia que perdeu para o Brasil era diferente daquela que passou pela Rússia, nos pênaltis, em Sochi. Questões físicas dos jogadores à parte, uma mudança relevante foi o desenho do meio-campo e o papel de Luka Modric, capitão do time.

Modric passou a atuar mais recuado na Copa, participando muito mais da construção do jogo e, inclusive, ganhando mais funções defensivas. Contra o Brasil, o técnico Zlatko Dalic usou os serviços de Badelj para ser o primeiro volante. Assim, Modric teve a liberdade para jogar mais próximo ao centroavante Kramaric.

Com o decorrer da Copa, o próprio Kramaric mudou de função. Mandzukic entrou no time titular, sendo o homem de área, chamando atenção da marcação, papel que fez com que Kramaric jogasse mais solto. Essa liberdade de movimentação teve resultado, por exemplo, no primeiro gol croata diante da Rússia.

No sistema defensivo, Corluka começou jogando contra o Brasil, empurrando Vida para a lateral esquerda. Nos jogos da Copa, o dono da posição voltou: Strinic. Vida retornou à zaga. Ele fez o segundo gol croata sobre os russos.

Na Rússia, a Croácia passou por Argentina, Nigéria, Islândia, Dinamarca e a seleção anfitriã. Precisou de duas disputas de pênaltis para chegar às semifinais, um caminho que nem mesmo os próprios croatas imaginavam.

- Honestamente, antes não pensávamos nisso. Focamos no primeiro jogo, no primeiro lugar no Grupo D. Sabíamos que seria melhor para a fase seguinte. Mas não imaginávamos isso. Agora só estamos focados na semifinal - comentou Kramaric.


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