15/09/2019 às 14h35min - Atualizada em 15/09/2019 às 14h35min

Semana do Brasil pode dar o empurrão que faltava para a aquisição da casa própria

Programa do governo federal atrai empresas do mercado imobiliário em momento propício para a compra: menos juros e mais crédito. Conheça as ofertas disponíveis

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Em julho deste ano 6.319 unidades encontraram novos donos, um número 176% maior que o mesmo mês do ano anterior, segundo o Secovi/ Foto: iStock
Mais de 3.600 empresas aderiram à primeira edição da Semana do Brasil, programa criado em 2019 pelo governo federal para estimular a economia. É uma tentativa de “aquecer a economia, movimentar o comércio e estimular o turismo interno”, de acordo com texto divulgado pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República.

 

 

A inspiração vem do varejo norte-americano. No mercado dos Estados Unidos, duas datas aquecem as vendas: a nossa já conhecida Black Friday, que inaugura a temporada de compras para o fim de ano, e o Dia da Independência, 4 de julho, no qual setores da economia preparam promoções com o viés patriótico.

 

 

Por aqui, a ideia é criar, entre os dias 6 e 15 de setembro, um ambiente favorável para o comércio: com o apoio institucional de Brasília, as empresas realizam e oferecem ações promocionais ao mercado consumidor. Um dos setores que se mobilizou para atrair clientes é o imobiliário.

 

Promoções podem impulsionar a venda de apartamentos

 

Para integrar a Semana do Brasil, empresários se organizaram para fechar uma oferta coletiva: quem comprar um apartamento dentro da promoção ganha um ano de condomínio grátis. “Este projeto é um catalisador para o mercado. Dezenas de empresas do setor entraram na campanha e os plantões deste fim de semana já foram mais cheios que o normal”, relata Basílio Jafet, presidente do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi SP). Trata-se de mais um estímulo para acelerar a curva de crescimento prevista para a retomada das vendas de unidades no País. Depois de anos de queda, em 2019 a comercialização de imóveis residenciais voltou a crescer.

 

 

De acordo com dados divulgados pelo Secovi SP, em julho deste ano 6.319 unidades encontraram novos donos, um número 176% maior que o mesmo mês do ano anterior. Em relação a lançamentos, o desempenho é ainda mais impressionante: são 9.415 novas unidades, 218,8% mais que em 2018. “Setor apresentou resultado muito bom no primeiro semestre. A economia do país dá sinais de retomada da normalidade e o adiamento na compra de um imóvel, que vimos nos últimos anos, provocou um acúmulo para agora”, contextualiza Basílio.

 

 

Os números da capital paulista acompanham a tendência nacional. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas líquidas em todo País cresceram 9,8% de janeiro a maio de 2019, e os lançamentos, 4,8% no mesmo período. E uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas aponta que o Brasil precisa construir aproximadamente mais 14 milhões de novas moradias até 2025. Ou seja, a compra de um imóvel se apresenta como um investimento sólido.

 

 

Além da demanda pelo aumento na oferta de moradias do País, há dois motivos principais para o reaquecimento do setor. Um deles é a queda da taxa básica de juros Selic para 6% ao ano, que puxou para baixo o acréscimo médio dos empréstimos para a compra da casa própria. Segundo o Banco Central (BC), o juro imobiliário ficou em 7,73% ao ano no mês de junho – trata-se da segunda menor taxa na série histórica, mais alta apenas que fevereiro de 2013. “A queda na taxa de juros pode trazer a prestação de um imóvel a um valor até 15% menor”, informa o presidente do Secovi SP.
 


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