23/07/2018 às 10h15min - Atualizada em 23/07/2018 às 10h15min

Brasil enfrenta badalada equipe da Bélgica e põe à prova uma de suas melhores levas de jogadores

Bernardo Mello e Bruno Marinho

Agência O Globo -
Agência O Globo -

Kazan - Nando Reis uma vez se perguntou o que estava acontecendo, que o mundo estava ao contrário e ninguém havia reparado. Ao se ouvir tanto a respeito da geração belga na Rússia, a sensação é parecida. É como se ninguém reparasse que do outro lado está o Brasil. Nesta sexta-feira, às 15h (de Brasília), uma das melhores gerações brasileiras das últimas décadas entrará em campo em Kazan atrás de uma vaga na semifinal da Copa do Mundo. E, de quebra, colocar as coisas em seus devidos lugares.

São nove jogadores nascidos entre 1991 e 1994. Em um espaço de três anos, pouco se tratando de futebol, o Brasil formou basicamente um time completo: Alisson, Danilo, Marquinhos, Casemiro, Fred, Philippe Coutinho, Neymar e Roberto Firmino. Ederson é o reserva de luxo no gol dessa fornada forjada nos campos de terra batida, nas quadras de futsal.

Três deles estarão em campo na Arena Kazan nesta sexta-feira. Alisson, goleiro menos vazado do Mundial até aqui, com apenas um gol sofrido, empatado com Muslera, do Uruguai, poderá provar ao mundo que é capaz de se manter assim mesmo diante do poderoso ataque belga, encabeçado pelo tanque Lukaku, força bruta e qualidade de finalização distribuídos em 1,90m. O jogador do Manchester United é o vice-artilheiro da competição, com quatro gols.

- A Bélgica não é apenas o Lukaku - frisou Miranda, escolhido para ser o capitão do Brasil na partida: - Ele é um grande atacante, mas a principal maneira de parar o adversário é estar atento a todas as jogadas e a todos em campo.

Na frente, os outros dois. Philippe Coutinho e Neymar, separados em idade por apenas quatro meses, destinados a serem protagonistas da seleção desde as categorias de base. Ainda nas primeiras vezes em que atuaram juntos com a camisa amarela, aos 15 anos, já foram apontados como o futuro do futebol brasileiro. Em 2011, o camisa 10 já brilhava na equipe principal enquanto o 11 liderava a sub-20 na conquista do título mundial.

O resultado reforçou a esperança de que aquela geração e de que aquele grupo, que ainda tinha Danilo e Casemiro, renderia frutos maiores. Sete anos depois, o futuro chegou, virou presente e na Rússia a dupla está a três jogos de realizar o sonho de vencer a Copa. Philippe Coutinho foi o cara do Brasil nas duas primeiras partidas. Neymar cresceu depois e, contra o México, foi dele o brilho maior.

- Não precisa ser muito capacitado pra saber que Neymar cresceria. E ele foi mais rápido do que pensávamos, porque é um jogador de excelência - destacou Tite.

O treinador sabe o tamanho do desafio que terá pela frente. Na última coletiva antes do jogo, distribuiu elogios à Bélgica para quem quisesse ouvir: destacou suas qualidades individuais, a capacidade de criação de jogadas, o momento que vivem na Copa do Mundo. Mas também sabe o que tem nas mãos para tentar ir ainda mais longe no Mundial. A serenidade nas palavras, o sorriso cada vez mais fácil, é o maior exemplo disso.

- Quer saber por que eu de alguma forma fiquei um pouco mais à vontade, desde que nos juntamos para a Copa do Mundo? Porque o desempenho aconteceu. Isso me traz segurança.

Brasil: 13 jogadores

Bélgica: 4 jogadores

Brasil: 159 gols

Bélgica: 136 gols

Brasil: 38v, 9e, 4d

Bélgica: 37v, 8e, 5d.


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