03/03/2022 às 10h53min - Atualizada em 03/03/2022 às 19h51min

Em Dubai, Luiz Góes comanda fintech com usuários de 82 países

Morando nos Emirados Árabes Unidos, brasileiro se tornou CEO de uma grande empresa

SALA DA NOTÍCIA Fernando
Divulgação

Atualmente, a cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos tem sido o destino turísticos de muitos brasileiros que sonham em passear e viver momentos numa das cidades mais atraentes do mundo.

Para os brasileiros, Dubai está como uma das cidades mais atraentes no exterior, pois desde 2007, o local possui voos diretos de São Paulo, além disso não há a obrigatoriedade de visto para entrada de brasileiros.

A cidade é palco de inúmeros vídeos que circulam na internet e fascinam brasileiros de todas as idades por sua modernidade, tecnologia, luxo e excentricidade. Se para muitos conhecer Dubai é um sonho, morar lá ainda é uma realidade distante. Porém, um brasileiro de 38 anos tem se destacado na cidade dos sheiks: Luiz Góes.

Natural do Rio de Janeiro e, atualmente, atua como CEO da LYOPAY, uma Instituição Financeira Fintech, que trabalha com mais de 30 multisserviços e atua no mercado de criptomoedas e tecnologia blockchain.

"Quando cheguei aqui em Dubai em 2018, tomei um choque: as grandes empresas já estavam criando seus próprios ativos digitais (Tokens) para captação de recursos estrangeiros e, no Brasil ainda era um tabu falar de bitcoin ou de ativos fora da Bolsa de valores brasileira, essa liberdade de mercado é quem tem transformado cidades recentes em grandes centros econômicos", disse Luiz Góes.

Uma pesquisa do Ministério das Relações Exteriores mostra que existem atualmente 20.622 brasileiros vivendo em países árabes. Os números, que ainda não são conclusivos e serão revisados até setembro, foram levantados em consulados e embaixadas brasileiras em 2010. Segundo a apuração, há no total 3,1 milhões de brasileiros morando fora do País, quase a metade – 1,38 milhão – nos Estados Unidos.

No mundo árabe estão 0,66% dos brasileiros que vivem fora do Brasil. A maior parte – 19.975 pessoas – está no Oriente Médio. O país árabe que mais têm brasileiros é o Líbano, onde estão 7,3 mil pessoas daqui, seguido pela Palestina, com 4 mil, pela Síria, com 3,09 mil, Emirados Árabes Unidos, com 2,3 mil expatriados brasileiros, Jordânia com 1,3 mil, Catar, com 670 pessoas, e Kuwait, com 650 brasileiros. Ainda há, na região, 500 brasileiros na Arábia Saudita, 150 em Omã e 15 no Iraque.

Para Góes, Dubai destaca-se de outras grandes cidades no mundo pela oportunidade. “Dubai é uma cidade literalmente do mundo, é constituída por uma incrível diversidade de pessoas e culturas, e, para mim, este cenário é de incrível oportunidade. Dificilmente na Califórnia ou em Londres, onde se já possui uma base de formação acadêmica se requisitaria profissionais estrangeiros, porém, aqui em Dubai, a cidade foi se constituindo num modus operandis pragmático de pessoas e necessidades. Além disso, como muitas atividades do futuro atuam e tem espaço aqui, se é requisitado profissionais que tenham o notório saber e não somente a certificação acadêmica de um mundo processado no século XX", complementou.

Como um brasileiro chegou ao posto de CEO de uma empresa tão poderosa espalhada por 80 países?
Eu me tornei consultor de um grupo financeiro de Dubai em 2018. De lá para cá, comecei a trabalhar em projetos e me conectei com o movimento de Startups Fintechs em sua ascensão. Também já trabalhei para grupos de gestão de Exchanges e em 2020 criei uma instituição financeira no Brasil, o LGbank, voltada para custódia e projetos de tokenização, até que fui convidado para compor o time da LYOPAY.

O que a empresa viu no Luiz Góes para ele ocupar este posto?
Acredito que vários motivos motivaram minha contratação… A primeira delas, LYOPAY quer ter com seu representante uma pessoa que tenha relacionamento com o público; também existe uma clara expectativa sobre o Brasil, pois nosso país já tem milhares de usuários de criptomoedas e, naturalmente, necessitaria de uma brasileiro liderando essa expansão por facilitar o processo. Em um país com 200 milhões de habitantes a nossa meta de 10 milhões de usuários se torna mais tangível e, um indiano, por exemplo, teria fatalmente menor facilidade. Também outro fator relevante, é que o PIX e outras medidas normativas da Receita Federal do Brasil possibilitaram que o Brasil seja destaque no mundo.

Qual a importância do Brasil neste cenário global?
O Brasil está seguindo um caminho profícuo nesse novo segmento…já Podemos integralizar capital social com criptomoedas, já se pode no Brasil declarar no imposto o patrimônio de criptomoedas e etc. O próprio sistema do PIX e uma clara cópia da blockchain do bitcoin. Portanto, basta educarmos as pessoas sobre esse novo cenário tecnológico que o Brasil poderá se tornar expoente no mundo e isso representará a prosperidade de milhares de pessoas.


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