20/01/2022 às 14h25min - Atualizada em 21/01/2022 às 00h01min
Criptomoedas e trabalho híbrido serão os grandes alvos de ciberataques na América Latina em 2022
Relatório da Appgate também aponta que maior sofisticação dos invasores levará as empresas a adotar métodos de autenticação mais seguros
SALA DA NOTÍCIA Genilson Oliveira
Pimenta Comunicação
Phishing e ransomware ainda serão as modalidades de cibercrime predominantes na América Latina em 2022, porém, os métodos de ataque serão cada vez mais sofisticados, com cibercriminosos explorando vulnerabilidades em ambientes híbridos e em dispositivos IoT. Estas são algumas das tendências que serão observadas este ano no cenário de fraudes, de acordo com os especialistas da Appgate, multinacional especializada em acesso seguro e cibersegurança.
“A cada ano, ao fazermos nossas previsões, percebemos que uma coisa permanece a mesma: onde há uma ação, há uma reação por parte do golpista. Os bandidos estão constantemente avaliando diferentes métodos e circunstâncias para criar ataques novos, extremamente massivos e às vezes muito sofisticados, por isso é importante que as organizações busquem por novas técnicas de segurança e se preparem com antecedência”, alerta Marcos Tabajara, diretor de vendas da Appgate do Brasil.
Estas são as seis principais tendências em fraudes para 2022 na avaliação dos especialistas da Appgate:
- Fraudes por sistemas de pagamento P2P de terceiros: este é um problema persistente para as instituições financeiras, em que a maioria tem visibilidade limitada nesta área e não pode fornecer o mesmo nível de monitoramento para sistemas de pagamento P2P que geralmente usam single sign-on (SSO). Isso significa que as instituições não têm visibilidade das transações P2P de terceiros antes de serem processadas, e esta será a principal causa de fraude de pagamento neste ano.
- Mais ataques de phishing: esse vetor de ataque permanece particularmente eficaz, fornecendo aos cibercriminosos um método altamente econômico e fácil de implementar. É provável que vejamos um aumento nos ataques de phishing relacionados a criptomoedas e tokens não fungíveis (NFTs). Além disso, as condições de pandemia em andamento continuarão sendo uma força motriz por trás dos ataques de spear phishing, à medida que os invasores testam estratégias de segurança para usuários, consumidores e dados distribuídos.
- Trabalho remoto e ambientes híbridos como nova realidade: o trabalho remoto não é mais apenas uma vantagem ou benefício para os funcionários. É uma realidade para muitas organizações, o que exige ainda mais ambientes de nuvem e híbridos, tornando as superfícies de ataque mais extensas. As organizações devem não apenas proteger suas portas de entrada, mas também as de terceiros.
- As criptomoedas serão um grande alvo de ataques cibernéticos: durante a pandemia, as pessoas aprenderam a usar canais 100% transacionais e tudo relacionado a criptomoedas se tornou o “pão de cada dia”. Em 2022, podemos esperar um aumento nos ataques cibernéticos relacionados a criptos e os provedores de segurança cibernética precisarão se proteger contra hackers que tentam roubar e manipular bitcoins e altcoins.
- Novas táticas e métodos de ransomware: o ransomware continuará sua ascensão meteórica e se tornará mais sofisticado. Os hackers usarão ferramentas de penetração para realizar ataques em tempo real e invadir as redes das vítimas. Uma nova forma de ataque de ransomware pode envolver a capacidade de se comunicar com um alvo por meio de um dispositivo IoT e aproveitar a engenharia social para manipular seu comportamento.
Maior implementação da autenticação sem senha: esquemas de fraude de aquisição de contas persistirão em 2022, levando muitas organizações a implementar métodos de autenticação mais robustos, que abdicam do uso de senhas, para garantir uma experiência mais segura para o usuário.