20/07/2018 às 12h50min - Atualizada em 20/07/2018 às 12h50min

Memória: Greve fez governo repensar política de preços de combustíveis

Governo criou desconto de R$ 0,46 sobre o combustível e ANP anunciou consulta pública

Agência O Globo -
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Foto: Divulgação

RIO - A greve dos caminhoneiros fez com que o governo revisse a política de preços de combustíveis da Petrobras, principal causa do protesto que parou o país por dez dias no fim de maio. As ações foram desde subsídios para tentar manter o diesel mais barato até o lançamento de uma consulta pública pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para rediscutir a periodicidade dos reajustes nas refinarias — .

 

 

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A Petrobras mudou sua política de preços em julho do ano passado. Desde então, os reajustes passaram a ser praticamente diários, para refletir as oscilações do mercado internacional. Com o dólar alto e as cotações da commodity também subindo, os caminhoneiros viram seus custos dispararem, o que desencadeou os protestos.

A primeira reação à crise foi , ainda no quarto dia de greve. A medida previa um desconto de R$ 0,23 por litro no combustível, que seria bancado pela Petrobras. A estratégia não surtiu efeito, as manifestações continuaram e o governo resolveu ampliar as concessões. Aumentou o abatimento para R$ 0,46 por litro, garantido pela redução das alíquotas de PIS/Cofins e Cide sobre o produto, com a Petrobras sendo compensada pelo prejuízo. .

A decisão da ANP sobre a consulta pública veio no início de junho, já com a greve encerrada, com o foco em dar mais previsibilidade às variações de preço. , “'que demonstrou que deseja uma maior estabilidade dos preços”. O órgão regulador chegou a ser criticado por especialistas que viram na medida uma forma de intervenção do Estado nas leis de livre mercado.


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