17/07/2018 às 15h40min - Atualizada em 17/07/2018 às 15h40min

PSL recusa exigências do PR e indica fim de negociação para aliança com Bolsonaro

Presidente do PSL diz que candidatos a deputado poderiam ser 'sacrificados'

Agência O Globo -
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Foto: Divulgação

BRASÍLIA — O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse nesta terça-feira que não aceita as exigências feitas pelo PR para fechar uma aliança neste ano e indicou o fim das negociações sobre uma composição com Jair Bolsonaro (PSL). Depois do recuo de Magno Malta (PR-ES) para ser vice em candidatura à Presidência da República e de desentendimentos em palanques regionais, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, Bebianno disse que "um verdadeiro comandante não abandona seu soldado" — uma referência a candidatos do PSL que seriam “sacrificados” em uma possível aliança.

O principal objetivo do chefe do PR, Valdemar Costa Neto, é eleger uma bancada relevante para o Congresso Nacional. Como o PSL não aceita fazer uma aliança também na eleição proporcional, nos estados, as conversas cessaram. Segundo estimativa interna do PR, a coligação com o PSL no Rio de Janeiro, por exemplo, poderia resultar na eleição de cinco ou seis deputados para a bancada do partido. Sem a aliança com o partido de Bolsonaro, a perspectiva cai para dois deputados.

— Estamos todos preparados com nossos quadros e aliados do partido para seguirmos a guerra. Muita consciência e muito respeito aos candidatos a deputado que poderiam ser sacrificados se fosse para atender alianças. Um verdadeiro comandante não abandona seu soldado. A principal preocupação do Bolsonaro e do partido é o respeito aos seus quadros. Aqueles que ajudaram a construir o partido em todos os estados — disse Bebianno, que se reuniu nesta terça-feira com a cúpula do PSL.

O presidente do diretório de São Paulo do PSL, deputado Major Olímpio, também participou da reunião e indicou que o partido caminha mesmo neste sentido:

— Não acredito que possa sair aliança com o PR. Impor condições que ponham no sacrifício candidatos do PSL que possivelmente serão eleitos, não faremos nunca — disse o deputado.

A decisão de não aceitar as exigências agora deixa o PR mais próximo de partidos do chamado blocão (DEM, PP, PRB e SD) ou do PT, que também tem assediado Valdemar. Mesmo rachado, lideranças do blocão tentam uma saída em conjunto para a eleição deste ano. Caciques estão entre o apoio a Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).


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