17/07/2018 às 15h10min - Atualizada em 17/07/2018 às 15h10min

Cresce demanda global por aviões para 42.700 unidades em 20 anos

Encomendas vão movimentar US$ 6,3 trilhões, segundo pesquisa da Boeing

Agência O Globo -
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Foto: Divulgação

RIO - A Boeing revisou para cima sua estimativa de demanda por novos aviões comerciais em todo o mundo para pouco mais de 42.700 unidades nos próximos 20 anos, total avaliado em US$ 6,3 trilhões. Com as novas encomendas vai subir também a demanda por serviços especializados, prevê a fabricante americana de aeronaves, num ritmo de expansão de 4,2% ao ano, abrindo um mercado de US$ 8,8 trilhões. Juntos, os dois segmentos vão movimentar mais de US$ 15 bilhões.

As estimativas constam da Previsão de Mercado Comercial (CMO, na sigla em inglês) elaborado anualmente pela Boeing e que foi apresentada na Farnborough International Airshow nesta terça-feira, na Inglaterra. A previsão para este ano é de avanço de 4,1% na demanda por aviões, na comparação com a estimativa do último ano. No ano passado, a previsão era de 41 mil novas aeronaves, totalizando US$ 6,1 trilhões.

Randy Tinseth, vice-presidente de Marketing Comercial da Boeing, explica que a expansão do tráfego aéreo combinada com uma fase em que aviões mais antigos estão sendo aposentados impulsionam a demanda. “Pela primeira vez em anos, estamos vendo o crescimento de economias em todas as regiões do mundo. Este crescimento está proporcionando um estímulo maior para viagens aéreas globais. Estamos vendo fortes tendências de tráfego não apenas nos mercados emergentes da China e da Índia, mas também nos mercados maduros da Europa e da América do Norte”, afirmou ele em nota.

Considerando as regiões, a demanda por aviões e serviços será puxada pelos mercados em expansão. Ásia-Pacífico virá na frente, abocanhando 42% das entregas de aviões e a 38% do total em serviços estimados para o período. A região virá seguida de América do Norte e Europa. Da América Latina é esperada demanda de 3.040 novas aeronaves, ou US$ 515 bilhões.

 

No Brasil, as companhias também estão avançando em pedidos. Nesta segunda-feira, a Gol informou que assinou um novo contrato para a aquisição adicional de 15 jatos Boeing 737-MAX 8, elevando o total de pedidos da companhia aérea brasileira para 135 jatos. Já a Azul anunciou nesta terça-feira uma carta de intenção de compra de 21 aeronaves Embraer 195-E2, o que amplia os pedidos firmes feitos pela empresa à fabricante brasileira para 51.

Segundo a pesquisa de mercado da Boeing, mais de 900 aviões têm hoje mais de 25 anos de idade, tempo médio de operação dos equipamentos. Atualmente, cerca de 250 aeronaves chegam a esse tempo de uso por ano. Em meados da década de 2020, essa taxa deve dobrar, impulsionando a troca de aviões. Com isso, 44% da demanda por novos aviões será apenas para substituir os que serão aposentados. Até 2037, a frota global vai dobrar de tamanho, somando aeronaves novas e usadas, para 48.540.

Os aviões de corredor único devem responder por 31.360 unidades em 20 anos, alta de 6,1% na comparação a previsão de 2017, segmento agora avaliado em US$ 3,5 trilhões. Esse mercado cresce com a demanda de empresas aéreas de baixo custo, maior uso de pesas de reposição na China e no Sudeste Asiático, além dos mercados emergentes.

Na sequência, vêm os segmentos de fuselagem larga, com previsão de 8.070 novos aviões avaliados em US$ 2,5 trilhões, e outros 980 aeronaves também de fuselagem larga, mas de carga, além de 1.670 cargueiros convertidos.


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