06/12/2021 às 18h02min - Atualizada em 06/12/2021 às 18h02min

Nova ministra do TSE agrada da esquerda à direita: 'Nunca misturei política com advocacia'

Maria Claudia Bucchianeri julgará as propagandas dos candidatos à presidência em 2022

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A nomeação da nova ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Maria Claudia Bucchianeri, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) agradou do PCdoB ao PSL, passando por Centrão, coletivos feministas e comunidade evangélica.

De acordo com o jornal O Globo, a ampla aceitação pode ser explicada pela atuação suprapartidária na advocacia.

Sua clientela já foi formada por nomes como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel; o líder do PSL na Câmara, Major Vitor Hugo; e o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

"Nunca misturei política com advocacia. Muita gente achou que advogar para o Lula seria um impeditivo [para ser nomeada por Bolsonaro] e acabou não sendo", avaliou em entrevista ao jornal. Maria Claudia será a responsável por julgar as propagandas dos candidatos à Presidência em 2022.

A influência abrange avaliar alegações de descumprimento de normas, ofensas pessoais e fake news. Para a ministra, o desafio do TSE no próximo ano será assegurar um ambiente "minimamente tóxico" e com o debate mais legítimo possível.

Dentro do governo Bolsonaro, o nome de Maria Claudia teve o apoio de ao menos cinco ministros - Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), Damares Alves (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos), Tereza Cristina (Agricultura) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo).

Também segundo a publicação, Lira foi um dos mais importantes articuladores da candidatura da ministra à corte. Além de ter advogado para o presidente da Câmara, Maria Claudia já defendeu seu pai, Benedito de Lira, atual prefeito de Barra de São Miguel (AL).

Outro que teve atuação importante foi o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça. A escolha em uma inédita lista tríplice só de mulheres também teve o reforço da comunidade evangélica, com quem Maria Claudia mantém um bom relacionamento há 20 anos.

A simpatia desse público começou com sua pesquisa de mestrado sobre a separação entre estado e igreja, defendida em 2007, e que contou com a orientação do também ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.

Na carreira como advogada, ela atuou em ações sobre retirada do crucifixo de tribunais, transfusão de sangue de testemunha de Jeová e até o ensino religioso em escolas públicas — este último advogado em favor de uma associação de ateus.

"Ela luta pela liberdade religiosa independentemente de qual religião seja. Inclusive pelo direito à descrença", disse Luigi Braga, advogado geral, na América do Sul, da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
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