Com a alta taxa de desemprego no Brasil e a falta de oportunidades de trabalho, muitas pessoas acima dos 30 anos buscam alternativas para conquistar a carreira profissional dos sonhos fora do Brasil. Segundo o IBGE, 3,5 milhões de trabalhadores com ensino superior são subutilizados no país, este número representa 43% da mão de obra qualificada do território nacional. A situação foi intensificada durante a pandemia da Covid-19, onde a paralisação do mercado e as medidas de trabalho remoto levaram as empresas a diminuírem seu contingente de funcionários.
Para a Universidade do Intercâmbio, startup especializada em preparar alunos para conquistar intercâmbios acadêmicos e profissionais mundo afora, os profissionais brasileiros podem encontrar diversas alternativas para o seu crescimento profissional e pessoal fora do Brasil.
Vinícius Nunes, CEO da startup, conta que existem dezenas de oportunidades de crescimento dentro das próprias carreiras escolhidas aqui no Brasil. “Por exemplo, nós temos um vasto número de profissionais da área de TI formados em nosso país, e temos um déficit significativo de profissionais trabalhando no exterior, como em Portugal. A demanda de mão de obra brasileira pode ser uma grande alternativa para suprir as necessidades de outras localidades”, conta Nunes.
A escolha para um novo projeto de vida no exterior depende muito do campo no qual você deseja atuar. Seja dentro da área acadêmica ou profissional, é necessário manter um grau de conhecimento e pesquisa para conquistar a oportunidade dos sonhos. Vinícius fala que as experiências de pós-graduação no exterior podem ser grandes diferenciais para a construção de um currículo rico. “A primeira coisa a se fazer é entender quais são os seus objetivos com o mercado de trabalho. O que você precisa aprimorar para alcançar o que deseja”, relata o CEO da UDI.
Além disso, é importante se organizar financeiramente antes de ir em busca dessa oportunidade. Apesar de existirem diversos programas de pós-graduação gratuitos ao redor do mundo, é essencial ter uma segurança financeira para os primeiros meses, até se encaixar em programas remunerados das próprias instituições de ensino ou encontrar uma vaga no mercado de trabalho.
Já para quem vai em busca de mais uma experiência para compor o currículo, o intercâmbio deve ser avaliado criteriosamente, principalmente para entender quais são as necessidades da empresa e se você está pronto para assumir as demandas nas quais elas precisam. Vinícius conta que na UDI, eles identificaram 5 países que mais contrataram estrangeiros e que são mais baratos para viver. A lista de países é composta por Equador, China, Portugal, Geórgia e México. “Nestes países, as oportunidades de trabalho são mais frequentes, além do custo de vida ser mais baixo em comparação a outras grandes potências mundiais. E também, o candidato pode viver a chance de conhecer outra cultura e crescer profissionalmente muito rápido.”
O intercâmbio 30+ também pode ser uma alternativa para aprimorar o conhecimento cultural das pessoas. “Muita gente não conseguia fazer um intercâmbio antes dos 30 anos por não ter estabilidade financeira. Agora que conquistaram, eles desejam aprimorar outra língua e desbravar o mundo”, conta Nunes.
Independente da escolha, a busca por intercâmbios nesta faixa etária cresce e junto a ela também cresce a necessidade de ter reconhecimento pela carreira escolhida. Desta forma, o intercâmbio pode ser uma boa oportunidade para descobrir novos talentos, aprimorar algumas especialidades e também dar um upgrade no currículo.
