01/12/2021 às 15h55min - Atualizada em 01/12/2021 às 15h55min

Inovação auxilia no aumento da produtividade do agronegócio catarinense

Como empresas estão desenvolvendo tecnologias que auxiliam o produtor a obter melhores resultados

AB Notícias News
G1
Reprodução

Com propriedades menos concentradas em grandes extensões como outros estados, a agropecuária catarinense gera emprego e renda à medida que alcança melhorias produtivas através da otimização do uso do solo, da aquisição de equipamentos e domínio de técnicas de manejo. Somente no ano passado, mesmo com a estiagem, o Valor de Produção Agropecuária (VPA) de Santa Catarina chegou ao número recorde de R$40,9 bilhões, o maior da história, superando o melhor resultado anterior, que havia sido alcançado em 2017.

Um dos motores da economia do Estado, o agronegócio catarinense se destaca pela produção de suínos e grãos – que tiveram seus preços valorizados quando exportados, devido à desvalorização do real frente ao dólar.

Para conseguir sair à frente em relação a um mercado tão competitivo quanto o internacional, os produtores têm tido um apoio cada vez maior da tecnologia. Entre as companhias que vêm atuando para alavancar a produtividade do agronegócio catarinense está a PackID, com sede em Chapecó – bem localizada na região que é a mais voltada a esse setor.

A solução de monitoramento de umidade em temperatura em tempo real ajuda toda a cadeia de distribuição de produtos perecíveis na diminuição de perdas dos produtos e custos ao longo do processo. Hoje, a PackID atende indústrias, transportadores, centros de distribuição, até pontos de vendas finais, com foco nas empresas alimentícias.

Caroline Dallacorte, CEO da companhia criada em 2016, destaca que os próximos passos serão voltados para dar mais escala para o serviço no País e fora dele. Hoje, atende cerca de 15 estados brasileiros.

— A gente já está internacionalizando. Estamos fazendo piloto na Colômbia, México e Reino Unido, com o intuito de levar a solução para outros países. E o que a gente vem destacando cada vez mais é a rastreabilidade que conseguimos entregar para o cliente — afirma Dallacorte.

O desenvolvimento de novas tecnologias requer investimentos, o que pode ser de difícil acesso para muitos empreendedores. A PackID, por exemplo, recebeu recursos de fundos e conseguiu também um financiamento de banco de fomento.

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul possui programas específicos tanto para investimento em inovação quanto para agricultura. Paulo César Antoniollo, gerente regional do Oeste Catarinense do BRDE, destaca que ao longo dos anos, o BRDE vem se consolidando como o principal agente financeiro do Sul do País no apoio financeiro a projetos de investimento em inovação tecnológica.

Fato ratificado pela liderança do banco no repasse de recursos descentralizados da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), com mais de R$ 598 milhões contratados no Programa FINEP Inovacred, o que corresponde a mais de 41% das contratações nacionais.

Para Antoniollo, fomentar empresas de base tecnológica locais a desenvolverem novas e inovadoras soluções para o agronegócio traz muitos benefícios à economia regional.

— Diversas tecnologias desenvolvidas por empresas catarinenses com o apoio do BRDE permitem oferecer ao agronegócio soluções que, anteriormente, somente eram disponíveis através da importação de fornecedores de outros países, condição que evadia divisas de nosso território. Com a produção local das soluções, os recursos financeiros permanecem em nosso País, movimentando a economia local, promovendo o seu desenvolvimento — acredita.

O BRDE ampliou o apoio financeiro à inovação tecnológica a partir de 2013, quando criou o Programa BRDE Inova. Entre os pilares do programa, estão a qualificação da equipe técnica de colaboradores para melhor entendimento do processo inovador junto aos clientes, a busca por linhas de financiamento adequadas, com juros e prazos aderentes aos riscos inerentes ao processo de inovação e o credenciamento junto a Fundos Garantidores, como BNDES FGI e FAMPE.

Além disso, por meio do Programa Prodecoop, o BRDE financia projetos de implantação, modernização e ampliação de unidades de beneficiamento, armazenagem e industrialização de produtos agropecuários e seus derivados, permitindo incrementar a competitividade das cooperativas agropecuárias do Sul do País e, por consequência, de seus milhares de produtores rurais associados.

Segundo a CEO da PackID, os recursos do banco de fomento foram importantes para auxiliar no desenvolvimento dos serviços disponibilizados, que hoje já estão em processo de internacionalização.

— Nós obtivemos financiamento por meio do BRDE para aquisição de hardwares. Foi bem importante para a gente poder comprar os equipamentos para poder atender nossos clientes, mantendo uma logística de gestão de estoque — completa a CEO da PackID.
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