29/11/2021 às 14h01min - Atualizada em 30/11/2021 às 00h00min

Você já ouviu falar em Cidades Educadoras?

(*) Alceli Ribeiro Alves

SALA DA NOTÍCIA Alceli Ribeiro Alves
Nesta terça-feira, 30 de novembro, marca o Dia Internacional da Cidade Educadora. Mas você sabe o significado deste conceito? Em primeiro lugar, vamos relembrar que cidade é o local onde a maioria de nós vivemos. E, em segundo, foi lá no ano de 2007 que a população urbana global excedeu a população rural. Em 2014, 25% da população mundial era urbana e, desde então, esse número vem crescendo. A perspectiva é de que, em 2050, cerca de 66% da população mundial viverá em áreas urbanas.

Com o aumento das taxas de urbanização, fica o enorme desafio para a gestão das cidades. É neste contexto que as Cidades Educadoras exercem diversas ações em busca de melhor qualidade de vida para seus habitantes. Atualmente, municípios com esse conceito compõem um grupo de 470 cidades, distribuídas em 36 países, organizadas em rede pela Associação das Cidades Educadoras (AICE) – um movimento iniciado no ano de 1994 durante um congresso em Bolonha, na Itália.

O conceito de Cidades Educadoras tem como objetivo cumprir políticas municipais em contextos variados e multidimensionais. Quando o olhar é direcionado para as políticas municipais de caráter educativo, elas devem ser sempre entendidas na sua conjuntura mais ampla, inspirada nos princípios de justiça social, civismo democrático, qualidade de vida, entre outros, contribuindo para que a cidade realmente cumpra com seu papel educador na vida dos sujeitos.

Trata-se de municipalidades que buscam soluções para os problemas encontrados por cidadãos de todo o mundo, tais como poluição atmosférica, congestionamentos, separação ou coleta inadequada de resíduos sólidos, infraestrutura urbana, escassez de espaços verdes e outros impasses nos âmbitos culturais e educacionais. Porém, mais do que solucionar, de maneira abrangente as cidades educadoras são representadas também por esforços variados que visam formar, promover e desenvolver todos os seus habitantes, num processo de capacitação ao longo da vida.

Nesse sentido, em uma data que celebramos o inovador conceito da cidade educadora, se faz mais do que urgente uma reflexão sobre qual o papel de cada um na concretude desse conceito, para além de abstrações e teorias. É de amplo conhecimento que nos grandes centros são comuns problemas como o crescimento urbanístico desordenado, moradia em situação de risco, transporte coletivo insuficiente, congestionamento de trânsito, além de alta poluição, hospitais superlotados etc. Cobrar e fiscalizar as políticas públicas para além do período eleitoral e agir no cotidiano, segundo os princípios da gestão democrática, a fim de dar um bom exemplo, sobretudo para crianças e jovens, podem ser iniciativas interessantes para de fato, começarmos a tornar a nossa cidade, uma terra educadora e boa para se viver.

*Alceli Ribeiro Alves, professor de pós-graduação do Centro Universitário Internacional Uninter

 


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