27/11/2021 às 10h17min - Atualizada em 27/11/2021 às 10h17min

Maverick x Santa Cruz: futuras rivais da Fiat Toro se encaram nos EUA

Picapes são bem diferentes em estilo e dirigibilidade, mas trazem conforto e refinamento para elevar o sarrafo da categoria

AB NOTICIAS NEWS
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Divulgação

A vida da Fiat Toro pode ficar bastante complicada nos próximos anos. A picape intermediária vai ganhar a companhia da Ford Maverick a partir de 2022, e novas rivais como a Hyundai Santa Cruz podem pintar por aqui em breve.

Enquanto esse cenário não se define, os canadenses do Throttle House já colocaram as duas picapes para brigar.

Na avaliação, a dupla recebe elogios pela dirigibilidade ágil, nível de conforto acima da média para um veículo utilitário e boa visibilidade por todos os lados. A construção das duas picapes, que utilizam carroceria do tipo monobloco, é outro ponto que aproxima os carros.

Tão iguais, mas tão diferentes...

Só que as semelhanças param por aí. O primeiro diferencial está no preço: enquanto a Maverick parte de US$ 19.995, a versão de entrada da Santa Cruz custa US$ 23.990.

O pessoal do Throttle House também apontou diferenças na construção. A Maverick não deixa o conforto de lado, mas preserva as qualidades de uma típica picape, como a robustez e a funcionalidade. “A direção é leve e a dirigibilidade é muito boa, sem solavancos nem desconforto”, afirmou James Engelsman.

Já a Santa Cruz guarda mais semelhanças com um automóvel de passeio, seja pelo estilo mais elaborado ou pelo rodar mais suave, características que o aproximam de um SUV - a ponto de terem definido o carro como um Tucson com caçamba. Conhece algum modelo assim vendido no Brasil? Exatamente: a Fiat Toro.

Caçamba da Santa Cruz é mais versátil

A Santa Cruz traz soluções mais engenhosas no uso da caçamba. Além de trazer degraus incorporados ao para-choque traseiro para facilitar o acesso ao compartimento de carga, a picape da Hyundai tem um prático alçapão abaixo do assoalho, que tem até um ralo para drenar água caso você queira encher o lugar de gelo para botar bebidas.

Entretanto, a capota marítima presente na unidade avaliada rouba bastante espaço útil da caçamba, algo que não acontece na Maverick - mas porque não há um equipamento deste tipo no modelo da Ford.

E já que falamos nela, a Maverick peca por não vir com protetor de caçamba e por não trazer de série um sistema de amortecedor que alivia o peso da tampa traseira - algo presente na Santa Cruz.

Em contrapartida, a Ford abusa da criatividade ao incentivar personalizações em sua picape. Basta escanear os códigos QR presentes na caçamba para consultar um manual com propostas de customização que você mesmo pode realizar.

Santa Cruz esbanja potência, mas só Maverick é híbrida

A picape da Hyundai está à venda no mercado americano com duas versões do motor 2.5: a aspirada entrega 193 cv e a turbinada vai a 284 cv.

De acordo com números estimados pela EPA (Agência de Proteção Ambiental) nos Estados Unidos, a Santa Cruz faz 8,9 km/l na cidade e 11 km/l na estrada quando equipada com o motor 2.5 e tração integral.

No caso das versões equipadas com o motor 2.5 turbo, o consumo na cidade é de 8,1 km/l, sendo que a média rodoviária também é de 11 km/l.

Já a Maverick entrega os mesmos 193 cv em sua versão de entrada, que traz o importante diferencial da motorização híbrida.

Segundo a Ford, a Maverick híbrida faz 17 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. Mas nem se empolgue muito, já que, ao menos inicialmente, essa versão não deve pintar por aqui.

Na configuração mais cara Lariat FX4 (que é justamente a escolhida para vir para cá), a picape tem um 2.0 Ecoboost turbo de 253 cv - o mesmo que equipa o Bronco Sport.

Maverick tem ‘pegada’ de picape por dentro

Por dentro, Santa Cruz e Maverick também se afastam. A cabine da picape da Hyundai é a parte que mais se aproxima de um automóvel de passeio. O acabamento é esmerado e até um pouco sóbrio para um veículo com proposta aventureira.

“A central multimídia é muito rápida e fácil de navegar, mas não há botões físicos. E os controles de ar-condicionado também são táteis. É um problema e algo muito chato”, declarou.

O interior da Maverick é bem mais rústico e transmite maior sensação de robustez, inclusive pelo visual “bem Bronco”. O acabamento, porém, poderia ser um pouco mais esmerado, já que algumas partes de plástico são mais salientes do que deveriam.

Ao contrário da Santa Cruz, existem botões físicos para as funções mais importantes de som e entretenimento. Sobre os bancos, os apresentadores não gostaram do suporte lateral, que não apoia bem o corpo nas curvas.

“Gosto do visual mais rústico e a quantidade de porta-objetos é bem superior na picape da Ford. É (uma cabine) inteligente”, disse Thomas Holland.

E qual é a melhor?

No fim das contas, o Throttle House fez elogios às duas picapes e evitou apontar uma vencedora no embate. A conclusão é que, se você está procurando por uma picape compacta, a Maverick é a melhor opção. Entretanto, caso sua vontade seja a de ter um SUV com caçamba, a Santa Cruz é a pedida certa.

“Ford e Hyundai fizeram carros que as pessoas não só precisam, mas querem também. Para nós, essas picapes só poderiam ser ainda melhores se tivessem motorização elétrica. E quando isso acontecer, não sei porque as pessoas escolheriam outro veículo para dirigir no dia-a-dia”.
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