26/11/2021 às 10h56min - Atualizada em 26/11/2021 às 10h56min

Bolsonaro diz que ''outra onda'' da Covid-19 ''está vindo'' e é contra realização do Carnaval

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que uma quarta onda de COVID-19 pode chegar ao Brasil

AB NOTICIAS NEWS
Correio Braziliense
Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, que uma quarta onda de COVID-19 pode chegar ao Brasil. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia enquanto comentava sobre o avanço do vírus em países europeus. 

"Outra onda, sim, está vindo. Não sei se outra cepa de vírus ou se acabou validade da vacina, e os problemas estão aí. É uma realidade que temos que enfrentar, não adianta se esconder nem culpar ninguém por essa tragédia que está acontecendo no mundo todo ". 

Bolsonaro defendeu também que não deveria ter carnaval no próximo ano, mas destacou que a decisão não cabe a ele. O chefe do Executivo aproveitou para culpar governadores pelo surto da COVID-19 no país. 

"Por mim não teria carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), quem decide são os governadores e prefeitos. Então, não quero me aprofundar nessa que, poderia ser, uma nova polêmica. Em fevereiro do ano passado, ainda estava engatinhando a questão da pandemia, pouco se sabia, praticamente não tinha óbito no Brasil, eu declarei emergência e os governadores e prefeitos ignoraram, fizeram carnaval no Brasil", alegou.  

O chefe do Executivo destacou que, caso os casos voltem a subir no país, manterá a posição contrária à adoção de medidas restritivas e lockdown. 

"Estou vendo que alguns países da Europa, sim, estão retomando medidas de lockdown. Se tivermos outro lockdown em Estados e municípios pelo Brasil vão quebrar a economia de vez em nosso país. Essa é nossa preocupação", apontou. 

Ele ainda repetiu questionamentos sobre a efetividade da vacina. "A vacina deve ter uma validade. Seis meses depois, os anticorpos estão mais baixos. Já quem tem a doença conta com muito mais imunidade." 

ABSORVENTES 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar nesta quinta-feira (25/11) o veto à distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade. Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo ironizou que as mulheres começaram a menstruar em seu governo e repetiu a alegação de que o projeto não apresentava fonte de custeio. 

"Não sabia, a mulher começou a menstruar no meu governo. No governo do PT não menstruava, no do PSDB não menstruava também. O cara apresenta um projeto, mas não apresenta a fonte de recurso. Se eu sanciono, se não tiver de onde vem o recurso, é crime de responsabilidade. Se o PT voltar, as mulheres vão deixar de menstruar e está tudo resolvido", ironizou. 

"A gente sabe o que é isso, a dificuldade da mulher que não tem recurso, a gente sabe disso. Agora, tudo joga na conta do Estado, sem responsabilidade. Qualquer coisa que eu faça para ajudar alguém, outro alguém vai ter que pagar, ou dinheiro cai do céu?", completou. 


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