Maurícia da Matta / EC VitóriaComo a Tribuna antecipou na sua edição de ontem, as nuvens negras continuam pairando sobre a Toca do Leão, e a atual direção do Vitória, ou quem esteja no comando do clube até o final deste ano, tem que providenciar US$ 180 mil dólares, pouco mais que R$ 1 milhão, para não ser punido pela FIFA, ficar impedido de registrar novos jogadores por três janelas de transferências, até 2023. Os atuais dirigentes do clube sabiam da punição com antecedência, mas sem dinheiro em caixa, e focado na luta do time contra o rebaixamento para a Série C do Brasileiro, deixaram o processo correr à revelia.
A punição é referente a uma dívida com o Boca Juniors da Argentina pela contratação do atacante Walter Bou. O valor das parcelas atrasadas corresponde a 180 mil dólares, cerca de R$ 1 milhão na cotação atual. Walter Bou chegou à Toca do Leão com vínculo de empréstimo em 2018, na gestão de um dos seis presidentes nos últimos cinco anos, na época, Ricardo David. Dois anos depois, já na gestão de Paulo Carneiro, o Vitória foi notificado sobre o caso, renegociou a dívida para evitar a punição, mas sem o pagamento das parcelas, o Boca Juniors voltou a acionar o clube no CAS da FIFA.
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Walter Bou foi mais um dos muitos erros de investimentos do Vitória através de empresários. Especula-se, que o clube baiano contratou o jogador “genérico”, que o verdadeiro artilheiro argentino, jamais teria pisado na Toca do Leão. O que esteve em Salvador, fez apenas oito jogos e não marcou sequer um gol. Mas tem mais: a fila anda no rastro de cinzas deixados para trás.
Existem outras dívidas que ainda não geraram punições ao clube, como as contratações de equatoriano Jordy Caicedo, do Universidad Católica, e do zagueiro João Victor, esse do Santa Cruza de Recife, entre muitas outras ações trabalhistas de anos e anos, que geraram uma dívida superior a R$ 180 milhões.
