25/11/2021 às 10h44min - Atualizada em 25/11/2021 às 10h44min

Ricardo Barros vira réu em processo na Justiça Eleitoral do Paraná

Líder do governo na Câmara foi acusado pelo MP de influenciar compra de eólicas pela Copel

AB Notícias News
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Reprodução

A Justiça Eleitoral do Paraná aceitou denúncia contra o  deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, e mais quatro pessoas. Segundo denúncia do Ministério Público do Paraná, o deputado teria recebido valores da Galvão Engenharia para facilitar a compra, pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), de parques eólicos empresa. Em dezembro de 2013, a Copel anunciou a compra da carteira de projetos eólicos da empresa Galvão Energia e Participações por R$ 160 milhões, num total de 552,7 MW, o que incluía a participação de 50,1% na São Bento Energia e no Complexo Eólico Cutia, empreendimentos nos quais a COPEL possuía participação de 49,9%.

 

Na época, Ricardo Barros era secretário estadual de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul no Paraná. Segundo a denúncia, os valores teriam sido pagos em dinheiro ou por meio de doações eleitorais, entre 2011 e 2014. O processo corre sob sigilo de Justiça.

 

De acordo com o site G1, Jean Alberto Luscher Castro, executivo da Galvão Engenharia, e Eduardo Queiroz Galvão, do conselho de administração, são delatores no processo, e o deputado foi denunciado por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e falsidade ideológica eleitoral.

A Galvão Engenharia foi uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato. Executivos e sócios da empresa assinaram acordo de delação premiada em 2017 com a Procuradoria-Geral da República e a força-tarefa de procuradores de Curitiba.

Em nota, o deputado nega as denúncias e acusa o Ministério Público do Paraná de "ativismo político" pelo fato de a denúncia ter sido protocolada quando estava na pauta a votação na Câmara da PEC-5, que alterava a composição do Conselho Nacional do Ministério Público. 

 

"Auditorias independentes realizadas mostraram ausência de danos ao erário na compra do parque eólico. O próprio delator reconhece que a venda foi abaixo do preço. Não houve tráfico de influência", diz a nota. 

 O deputado afirma ainda que os pagamentos citados pelo MP foram lícitos e declarados no imposto de renda dele ou de suas empresas e que a doação eleitoral da Galvão Engenharia ao diretório nacional do PP foi "lícita e espontânea".  

"Os valores foram distribuídos a vários candidatos que concorreram na eleição de 2014. A mim, foi destinado menos de 20 % do valor total, como reconhece o próprio MP eleitoral.  

O deputado diz ainda que "a denúncia não se sustenta" e acusa ainda o MP de vazar informações sigilosas e criminalizar doações oficiais de campanha.

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