24/11/2021 às 18h06min - Atualizada em 25/11/2021 às 00h00min

25/11 – Dia Nacional do Doador de Sangue

Mitos, verdades e critérios para a doação de sangue

SALA DA NOTÍCIA Elaine Nascimento
O primeiro relato sobre transfusão de sangue coletado e estocado em garrafas de vidro, foi registrado durante a guerra civil espanhola em 1939, por um médico da cidade de Toulouse, na França.

No Brasil, a transfusão de sangue tem relatos desde a década de 1940, na cidade do Rio de Janeiro. Também na mesma época, aconteceu o I Congresso Paulista de Hemoterapia, que serviu como base para as diversas ações que ocorreram posteriormente sobre a doação de sangue.


Por causa do advento da AIDS e das muitas transmissões do vírus HIV aos pacientes que necessitavam de sangue, é que foi criado uma Política Nacional do Sangue, com a finalidade de rever, entre outros temas, todos os cuidados necessários com o sangue recebido.

Em 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o Dia Mundial do Doador de Sangue como sendo o dia 14 de junho, fazendo uma homenagem ao médico e biólogo Karl Landsteiner, que foi o responsável pela classificação sanguínea do sistema ABO e pela descoberta do Fator RH. A data também ficou também ficou conhecida como “junho vermelho”.

Já o Dia Nacional do Doador de Sangue, foi estabelecido em 1964 pelo então Presidente da República, Castello Branco, por ser o aniversário de fundação da Associação Brasileira de doadores voluntários de sangue.

A doação de sangue de apenas uma pessoa pode salvar até quatro vidas. Além disso, ao ser doador temos a possibilidade de diagnóstico de algumas doenças que são testadas no sangue, como a Hepatite B e C, doença de chagas, AIDS, Sífilis, entre outros benefícios para a saúde de quem doa.

A OMS estabeleceu alguns critérios para que a doação de sangue possa ocorrer:
 
  • Ter entre 16 e 69 anos e estar bem de saúde.
  • Pesar mais de 50 Kg.
  • Não estar grávida ou amamentando.
  • Não ter feito cirurgia de grande porte a menos de 6 meses e de pequeno porte a menos de 3 meses.
  • Não deve estar passando por algum tratamento ou fazendo uso de qualquer tipo de remédio.
  • Deve sempre buscar informações nos centros de doação ou com algum profissional de saúde.
  • Não ter feito tratamento dentário a menos de 7 dias.
  • Não deve estar em jejum.
  • Não estar gripado ou ter tido febre nos últimos 7 dias.
  • Não ter diabetes, cardiopatia e nem ter contraído hepatite após os 11 anos de idade.
  • Após tomar a vacina da gripe deverá esperar 48 horas, e algumas vacinas de vírus vivo (exemplo: sarampo, febre amarela, rubéola, cachumba) deve-se aguardar 4 semanas.
  • Não ter colocado piercing ou feito acupuntura ou tatuagem a menos de 12 meses.
  • Não ter usado drogas injetáveis ilícitas.
  • Não ter feito endoscopia ou colonoscopia nos últimos 6 meses.
  • Não ter ingerido álcool nas 12 horas que antecedem a doação.
  • Não ter doado sangue a menos de 60 dias se homens ou a menos de 90 dias se mulheres.

Mitos e verdades:
 
  • Doar sangue precisa estar de jejum: Não, inclusive deve ter se alimentado bem
  • Quem fez tatuagem nunca mais pode doar sangue: pode doar sim, é só aguardar o prazo de 12 meses após a tatuagem.
  • Quem teve COVID não pode doar sangue? Pode sim, após um período de 30dias sem apresentar nenhum sintoma, conforme orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na Nota Técnica 13/2020. Inclusive a ANVISA reforça que ainda não houve nenhum caso de contaminação da COVID por transfusão sanguínea.
  • Se a pessoa viajar ou se tiver contato com alguém infectado, deverá esperar 14 dias para estar apta para doação de sangue.


*Elaine Nascimento – especialista em Saúde Pública, Auditoria em serviços de saúde e em Regulação em saúde. Professora da Escola de Saúde da Uninter.
 


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