12/07/2018 às 16h10min - Atualizada em 12/07/2018 às 16h10min

Bolsa segue exterior e opera em alta de 1,54%

Dólar tem leve alta de 0,25%, a R$ 3,892, com preocupação fiscal

Agência O Globo -
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Foto: Reproduçao

SÃO PAULO —A Bolsa brasileira tira proveito do cenário de maior otimismo no exterior e opera no terreno positivo. O Ibovespa, principal indicador local, sobe 1,54%, aos 75.545 pontos, repetindo a tendência dos principais índices de ações do mundo. Já o dólar, após operar em queda durante grande parte do pregão, passou a subir 0,25% ante o real, a R$ 3,892, em alta impulsionada pelas preocupações fiscais.

 

 

 

O economista-chefe da Guide Investimentos, Ignacio Crespo, explicou que os mercados brasileiros se beneficiam do clima mais otimista no exterior. Essa menor aversão ao risco, inclusive, colocou em segundo plano a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, que amplia os gastos em relação ao projeto original e pressiona ainda mais a política fiscal.

— A preocupação fiscal é crescente e a aprovação da LDO, mais branda que o previsto, chama a atenção, mas isso é colocado em segundo plano devido ao cenário externo — explicou.

São dois os fatores externos que foram encarados como positivos. O primeiro foi a inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que apresentou uma alta de 0,1% ante 0,2% que era esperado para junho, trazendo certo alívio de que os juros na maior economia do mundo não devem subir mais do que o esperado. Os investidores também sentiram um arrefecimento na disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Nesta quinta, Pequim afirmou que as empresas que operam no país vão sofrer em uma guerra comercial, pedindo às companhias americanas que pressionem seu governo para proteger seus interesses, afirmando que não há negociações em andamento para encerrar o impasse.

— Esperamos que as empresas dos EUA possam fazer mais para pressionar o governo dos EUA, e trabalhem duro para defender seus próprios interesses — disse o porta-voz do Ministério do Comércio chinês, Gao Feng.

Já do lado interno, há a preocupação com o quadro fiscal do Brasil. Ontem, o Congresso aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2019 com um volume de gastos acima do projeto original. Também foi derrubado o veto ao reajuste do funcionalismo público. “As medidas vão fortemente na contramão da necessidade de austeridade fiscal, já que as dados comprovam o crescimento dos gastos administrativos e com pessoal no setor público. Adia-se a possibilidade de tratar do problema de alto custo dos servidores públicos”, avaliou Felipe Berenguer, analista político da Levante Investimentos.

Enquanto não surtiu efeito no mercado acionário, o dólar passou a subir no início da tarde e um dos fatores de atenção é o quadro fiscal do Brasil. No exterior, o “dollar index” está perto da estabilidade, com leve variação positiva de 0,08%.

 

No mercado acionário, todas as ações mais negociadas do índice estão em alta. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) sobem 2,18%, cotadas a R$ 17,79. As ordinárias (ONs, com direito a voto) sobem 2,39%, a R$ 20,50. Ontem, os papéis da estatal caíram forte com a derrocada do preço do petróleo no mercado externo.

As ações da Vale registram alta de 2,82%. Os bancos, de maior peso na composição do índice, também estão em terreno positivo. As preferenciais do Itaú Unibanco e do Bradesco sobem, respectivamente, 1,65% e 2,20%. No caso do Banco do Brasil, a valorização é de 1,81%.

A valorização, no entanto, é liderada pelos papéis do setor de siderurgia. As ações da Usiminas sobem 6,90% e as da CSN avançam 5,28%.


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