11/11/2021 às 17h16min - Atualizada em 11/11/2021 às 17h16min

Representação de Guaidó na Assembleia da OEA recebe oposição de países

AB NOTICIAS NEWS

Agência EFE

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México e Argentina lideraram nesta quinta-feira um grupo de países que se opôs a presença da representação de Juan Guaidó, oposicionista que se autoproclamou presidente da Venezuela, em 2019, na 51ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Durante a verificação das credenciais da cúpula, que acontece em formato virtual de hoje até a próxima sexta-feira, com a Guatemala como sede, a embaixadora mexicana no órgão, Luz Elena Baños, afirmou que a representação da Venezuela na OEA, após a retirada do governo do país sul-americano, é um "precedente muito grave".

Além disso, a diplomata exigiu que "se inclua um pé de página em todas as resoluções" em que seja informada a situação venezuelana.

Em seguida, o representante da Bolívia na organização, Héctor Enrique Arce Zaconeta, garantiu que o governo do país "não aceita as credenciais da Venezuela, assim como o México".

Ao posicionamento das duas nações sobre a representação de Juan Guaidó, se juntaram os delegados enviados por Nicarágua, Argentina, Dominica, Antígua e Barbuda, Belize e Trinidad e Tobago.

O presidente da 51ª Assembleia Geral da OEA e chanceler da Guatemala, Pedro Brolo, indicou ter registrado o pedido dos países.

Desde 2019, a OEA reconhece como representante da Venezuela a Assembleia Nacional do país, dirigida por Guaidó, dois anos depois que o regime liderado por Nicolás Maduro oficializou a saída da organização.

Por outro lado, a vice-ministra de Assuntos Multilaterais da Colômbia, Carmelina Londoño, expressou preocupação com a "alteração da ordem democrática" na Venezuela e a deterioração das instituições econômicas e humanitárias.

A delegada colombiana pediu que aconteçam a "investigação dos crimes contra a humanidade" cometidos no país vizinho e cobrou a "libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos" venezuelanos", além de eleições presidenciais livres, justas e transparentes, sob observação internacional.

As delegações de 34 países participarão até amanhã das deliberações da Assembleia Geral da OEA, que terá na agenda as controversas eleições realizadas na Nicarágua, no último domingo, além da pandemia da covid-19 e a vacinação contra a doença.