11/11/2021 às 15h35min - Atualizada em 11/11/2021 às 15h35min

Para a BRF, COP26 definirá os próximos 40 anos do agronegócio brasileiro

As executivas de sustentabilidade Grazielle Parenti e Mariana Modesto comenda as expectativas da empresa para a Conferência do Clima da ONU

AB Notícias News
EXAME
Reprodução

Para Grazielle Parenti, vice-presidente de sustentabilidade da BRF, o que ficar decidido na COP26, a conferência do Clima da ONU, que acontece em Glasgow nesta semana, irá determinar o futuro do agronegócio pelas próximas quatro décadas.

“Há 40 anos, o Brasil importava alimentos, hoje é uma potência no setor”, disse Parenti em entrevista à EXAME durante o evento. “O que será dos próximos 40 anos, vamos nos tornar uma potência em carbono e incorporar a sustentabilidade? É isso que está em jogo aqui.”

A BRF lançou na COP26 a sua primeira linha de produtos carbono neutro, produzida a partir de frango vegetal. A companhia, que é a maior processadora de alimentos do Brasil, anunciou em junho que pretende ser net zero até 2040.

 

“A COP26 é o evento mais importante do ano”, afirma Mariana Modesto, diretora de sustentabilidade da companhia. “A agenda da descarbonização precisa ser mobilizada por todas as empresas de todos os setores. O impacto das mudanças climáticas é muito significativo, tanto no aspecto ambiental, quanto no social.”

Compromisso climático

Os executivos da BRF têm metas ambientais atreladas ao bônus desde o ano passado. Não é segredo para ninguém que essa medida, tomada pelo conselho, serviu para colocar o tema na pauta do dia. E deu certo: em junho, a companhia anunciou sua meta ambiental mais ambiciosa até hoje, a de zerar suas emissões até 2040.

Até 2030, a BRF terá de reduzir em 35% suas emissões de escopo 1 e 2. No mesmo período, precisará mobilizar a cadeia, incluindo fornecedores de soja, ração e proteína, em direção à modernização da produção para obter um corte de 12,3% nos gases de efeito estufa jogados na atmosfera. Apesar da relevância que a empresa tem como compradora de commodities, ela não tem controle nenhum sobre esse processo. Quem vai decidir a velocidade dessa mudança é o mercado.

O plano a ser adotado será o da catequização. A BRF espera usar sua influência no mercado para promover ondas de mudança. Em parte, esse processo já foi iniciado. A companhia desenvolveu uma plataforma para fornecedores que permite monitorar os critérios socioambientais dos parceiros. Nesse caso, a meta é colocar 100% deles no sistema até 2025.

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