13/08/2019 às 17h37min - Atualizada em 13/08/2019 às 17h42min

Especialista analisa a contribuição da psicopedagogia para aprendizado de alunos com dificuldades psicomotoras

O psicopedagogo atuante nesta área deve ter em mente que o que a criança assimilar nesta fase da vida irá refletir para seu desenvolvimento no futuro.

DINO
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Na atualidade, devido às modificações que a sociedade impõe, as crianças possuem uma inteligência avançada, por isso é necessário que se saiba como trabalhá-las tendo consciência dos valores morais humanos e sociais que possuem.

O psicopedagogo atuante nesta área deve ter em mente que o que a criança assimilar nesta fase da vida irá refletir para seu desenvolvimento no futuro. Portanto uma criança mal instruída hoje estará sujeita a uma série de complicações no futuro.

O papel do psicopedagogo institucional é de suma importância nesta fase pré-escolar, pois o profissional trabalha na prevenção do ensino aprendizagem, colaborando para o desenvolvimento psicomotor e facilitando o processo de aprendizagem futura.

O comportamento das crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações concretas em que elas se encontram. No brinquedo (recreação), a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também aprende a separar objeto e significado.

Para esta pesquisa, foi feito um levantamento bibliográfico, utilizando-se de livros, documentos e experiência acadêmica, para que o artigo possa vir a colaborar neste importante assunto que é a psicopedagogia e psicomotricidade.

A PSICOMOTRICIDADE

A psicomotricidade é uma ciência que busca compreender os aspectos emocionais, cognitivos e motores, desde a infância até a terceira idade, pois o ser humano está sempre em evolução e em todas as etapas da vida é necessário trabalhar corpo e mente. Na educação da criança deve-se evidenciar a relação do movimento de seu próprio corpo, considerando sua idade, a maturação corporal, cultura e seus interesses. Para ser trabalhada a educação psicomotora, são necessário que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivo e socioafetivo, pois assim podemos explorar o ambiente e trabalhar o concreto, indispensável no seu desenvolvimento intelectual, assim tomando consciência de si mesma e do mundo que o cerca.

Segundo A.De Meur L.Staes 1991, a função motora, o desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na criança: a psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica.

Entretanto, a educação psicomotora é uma técnica. Como utilizá-la para que uma criança adquira noção de esquema corporal ou outra noção indispensável a seu desenvolvimento? A resposta é simples: pelos mesmos caminhos, etapa por etapa, dos da aprendizagem natural. Ainda segundo autor, é através de exercícios motores, isto é, exercícios em que o corpo se desloca e o sujeito percebe as diferentes noções de maneira interna. Depois através de exercícios sensoriomotores, em virtude dos quais a manipulação de objetos possibilita a percepção de diversas noções. Evidentemente o tato é muito importante. E finalmente, através de exercícios perceptomotores, em que as manipulações são mais sutis e a percepção visual, muito importante, domina as outras partes.

Assim sendo, a psicomotricidade é importante ser trabalhada desde a infância, mas não significa que ela não possa ser desenvolvida no decorrer da vida. A psicomotricidade ajuda a superar os limites, medos e frustrações, portanto é necessário realizar as técnicas através das relações, dos jogos, da fantasia e por fim, da brincadeira, ou seja, do faz de conta.

A psicomotricidade estimula o movimento do corpo e conseguintemente trabalha todos os aspectos da criança de uma forma lúdica estimulando os aspectos cognitivos, socioafetivo e psicomotor.

Assim sendo, a teoria cognitiva tem como seu maior representante Jean Piaget (1896-1980), de acordo com o autor o fundamento básico de sua concepção do funcionamento do intelecto e do desenvolvimento cognitivo é o de que as "relações entre o organismo e o meio são relações de troca, pelas quais o organismo adapta-se ao meio e, ao mesmo tempo, o assimila, de acordo com suas estruturas num processo de equilibrações sucessivas" (FONTANA E CRUZ, 1997).

A psicomotricidade se estrutura sobre três pilares: o querer fazer (emocional - sistema límbico), o poder fazer (motor - sistema reticular) e o saber fazer (cognitivo - córtex cerebral). Qualquer desequilíbrio em um desses pilares pode provocar desestruturação no processo de aprendizagem da criança.

Enfim, a importância da psicomotricidade desde a fase infantil, onde tem que ser trabalhado o social, cognitivo e motor. Trabalhar diariamente, etapa por etapa, exemplo: desenho livre, onde a criança trabalha a coordenação fina e explora a criatividade. Os benefícios são imensos. Trabalham as emoções, a questão motora, dentre muitas outras atividades, pois a psicomotricidade é uma ciência muito ampla.

A PSICOPEDAGOGIA

A aprendizagem deve ser olhada como a atividade de indivíduos ou grupos humanos, que mediante a incorporação de informações e o desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal. O objeto central de estudo da psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento.

A Psicopedagogia é um campo de conhecimento e atuação em Saúde e Educação, enquanto prática clínica tem-se transformado em campo de estudos para investigadores interessados no processo de construção do conhecimento e nas dificuldades que se apresentam nessa construção. Como prática preventiva, busca construir uma relação saudável com o conhecimento, de modo a facilitar a sua construção.

Segundo Fermino Fernandes Sisto, vez ou outra as pessoas sentiram maior ou menor dificuldade para aprender alguma coisa em sua vida escolar. Algumas foram superadas ou pela pouca importância que foi atribuído àquele conteúdo no sistema de avaliação empregado, ou porque no todo da avaliação esse conteúdo não pesou muito. Por essas e outras razões as dificuldades de aprendizagem foram e são identificadas por diferentes critérios, que implicam em distintas definições do que realmente poderia ser considerado como dificuldades de aprendizagem.

Professor José Rodrigo Ângelo Souza



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