O autoconhecimento financeiro te trará uma vida racionalmente estável e segura
O autoconhecimento nada mais é que a compreensão sobre si mesmo. É saber sobre as próprias qualidades, vontades e ambições, mas também sobre as limitações particulares. Autoconhecer-se faz com que você tenha mais facilidade para controlar as próprias emoções, definindo objetivos e metas, e trilhando uma jornada de auto realização.
E como isso poderia te ajudar nas finanças? Através dele você conseguirá entender o seu perfil de tomada de decisão em relação ao dinheiro, mantendo sua saúde financeira estável e saudável. Continue o texto e saiba como aplicar isso em sua vida.
Como citamos já na introdução, o autoconhecimento, a curto e grosso modo, é conhecer a si mesmo. É saber seus pontos fortes e fracos, tendo domínio dos pensamentos e ações – da consciência como um todo.
Com o autoconhecimento bem formado, você conseguirá:
Agora que compreendeu a ideia geral do autoconhecimento, podemos partir para a parte financeira.
Chamada economia comportamental, essa ciência estuda os efeitos dos fatores psicológicos e emocionais nas escolhas financeiras das pessoas.
O estudo diz que você acredita estar tomando decisões racionais sobre seu dinheiro enquanto o gasta, mas, na verdade, é o seu lado irracional – emoções e impulsos – que está na frente das escolhas.
Grandes pesquisadores como Daniel Kahneman descobriram alguns comportamentos em comum dessas pessoas em relação às finanças:
Conhecer a si mesmo, no íntimo, só traz benefícios, tanto físico quanto emocional. O autoconhecimento financeiro pode te oferecer muitas vantagens. São elas:
Você não vai notar todos os itens de uma única vez, é claro. Imagine ser um processo. A cada semana – ou mês – começará a perceber diferenças na sua vida. Para cada pessoa será uma evolução diferente.
Mostramos o que é o autoconhecimento, como ele se aplica nas finanças e o que a maioria das pessoas tem feito de errado. Mas como mudar e colocar tudo isso em prática? Separamos algumas dicas! Continue o texto.
Antes de tudo é preciso entender seu próprio perfil, seus padrões. Tire uma tarde para fazer uma boa reflexão e analisar suas finanças. Pegue o cartão de crédito e analise seus últimos meses.
Como é seu estilo de vida? Está com dívidas? Antes de fazer uma compra, decide imediatamente ou procura refletir antes? Você costuma pagar à vista ou parcelar tudo? Conseguiu poupar algum dinheiro ou gastou até o último centavo?
Quanto mais informações tiver sobre si mesmo, mais fácil será montar uma estratégia para o futuro e não ter os mesmos problemas do passado.
Aqui está um grande problema para boa parte dos consumidores. O famoso gatilho. Algo que muitas vezes nem notamos, mas está ali, escondido, e afetando drasticamente nossas finanças.
Para te fazer comprar – ou comprar mais –, o marketing e empresas no mundo todo usam todas as formas de gatilho contra você. Separamos alguns exemplos comuns:
Gatilho do imediatismo: comprar algo para ter uma satisfação imediata, sem se preocupar com as consequências, como pedidos no delivery, por exemplo.
Gatilho da tristeza: comprar para aliviar momentos de tristeza ou frustração. Algo realmente comum no Brasil.
Gatilho da euforia: aqui é o contrário, ou seja, a pessoa compra quando está com alegria exacerbada. Quando? Foi promovida no emprego ou pedida em casamento, por exemplo.
Gatilho da ganância: investir em aplicações muito arriscadas e possivelmente fraudulentas. Muitas delas conhecidas como pirâmides.
Gatilho da escassez: esse é comum e funciona muito bem. É a sensação de urgência de que, de algum modo, precisamos daquele produto, senão estaremos perdendo uma grande oportunidade. Como eles usam esse pretexto: “últimas unidades”, “a promoção é só hoje”, “essa é a última peça”.
Gatilho do medo: aqui já não envolve gastos, mas exatamente o medo de perder dinheiro – do risco. Exemplo disso é o fato de boa parte dos brasileiros preferirem deixar o dinheiro na poupança do que investir em outros meios, por exemplo.
Não basta apenas ter um autoconhecimento financeiro. É preciso também ter um controle efetivo do que está acontecendo com o seu dinheiro. E como fazer isso? Você pode criar uma planilha no Excel ou baixar algum aplicativo no celular (há inúmeros gratuitos). Dessa forma você conseguirá saber como suas economias estão sendo gastas e onde estão sendo investidas.
Esse controle citado no tópico anterior será também um planejamento financeiro pessoal para você, seu guia para criar suas metas de curto, médio e longo prazo.
Você quer trocar de celular? Fazer uma grande viagem? Se aposentar com segurança? Independentemente do tamanho da meta, você precisa visualizar e planejar.
Quanto dinheiro precisará investir? Por quanto tempo? Será preciso fazer algum trabalho extra para adiantar o prazo? Estude todos os meios.
Não será da noite para o dia que você colocará o autoconhecimento em prática, especialmente o financeiro. Suba um degrau de cada vez e vá percebendo as mudanças gradativamente, no seu tempo.