21/10/2021 às 17h15min - Atualizada em 21/10/2021 às 17h15min

Proibição das festas "Paredão" divide opiniões na Câmara de Salvador

Pronunciamentos de vereadores sobre violência na Bahia e proibição de “festa paredão” foram os principais temas da sessão ordinária da Câmara de Salvador ontem

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Tribuna da Bahia
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Pronunciamentos de vereadores sobre violência na Bahia e proibição de “festa paredão” foram os principais temas da sessão ordinária da Câmara de Salvador ontem. O alto índice de criminalidade em Salvador e no estado da Bahia foi mais uma vez tratada pelo vereador Téo Senna (PSDB), que é da base aliada do prefeito Bruno Reis (DEM). Na avaliação do parlamentar, “o governo da Bahia é omisso e ninguém tem mais o controle da situação”. Ele frisou que “a violência atinge toda a população e os dados estatísticos só aumentam com relação ao número de homicídios”. 

O vereador Sílvio Humberto (PSB) contestou a proibição de “festa paredão”, entendendo que a mesma não é o ponto central do aumento da violência. Na sua avaliação, “a causa da violência é múltipla”, configurando-se como “um problema complexo que não tem solução fácil”. Ele defendeu mais ações culturais, a partir da Câmara, para conter o avanço da violência em Salvador. 
Em nota, o pessedista afirmou que há uma espécie de criminalização da cultura negra na medida. "Temos o triste exemplo da jovem Kesia Stefany, assassinada pelo namorado, um advogado, no bairro do Rio Vermelho. Uma mulher que, mesmo depois de morta, segue sendo violentada por diversas acusações, enquanto o seu algoz poderá responder pelo crime diretamente do conforto do seu lar. Logo, não se pode associar violência a paredão e, muito menos, criminalizar uma expressão cultural da população negra em nossa cidade", apontou. 

A vereadora Marta Rodrigues (PT), por sua vez, defendeu o governador Rui Costa (PT). A edil relembrou os tempos em que o senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007) tinha forte influência na cena política baiana. "Se a gente quer discutir segurança pública, vamos discutir. Agora, vamos pegar de 20 anos atrás, o Maio Baiano. As pessoas aqui sabem o que foi o Maio Baiano? Quem era o senador que fraudou o senado e depois ficou com medo da nossa juventude. No dia 16 de maio foi aquela situação terrível com a polícia na área federal da UFBA. Quem foi que mandou?", mencionou a líder da Oposição da Casa. 

A referência da edil é relacionada com a Passeata de 16 de maio de 2001, contra ACM. O movimento foi brutalmente reprimido pela Polícia Militar da Bahia no campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), bairro do Canela. O movimento eclodiu em protesto contra as denúncias de que o senador teria cometido violação do painel eletrônico do Senado Federal. 
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