21/10/2021 às 10h25min - Atualizada em 21/10/2021 às 10h25min

Lula defende manutenção de aliança com PP na Bahia

Lula espera que mesmo com a possível filiação de Jair Bolsonaro ao PP, a aliança do partido com o PT na Bahia seja mantida para as eleições de 2022

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Tribuna da Bahia
Reprodução

O ex-presidente Lula espera que mesmo com a possível filiação de Jair Bolsonaro ao PP, a aliança do partido com o PT na Bahia seja mantida para as eleições de 2022.  "Não sei qual será a situação do PP na Bahia, mas terá que tomar uma decisão. A relação de Rui Costa com o PP da Bahia é muito saudável. Eu espero que isso continue", disse o ex-presidente ontem em entrevista à rádio A Tarde FM. 

O petista ainda disse que tem conversado com lideranças políticas e sociais do Brasil inteiro e trabalhado "em um plano de reconstrução do Brasil". "Eu sei que muitas das coisas que o Rui Costa está fazendo na Bahia depende da aliança que ele tem com todas as correntes políticas e eu espero que isso continue. Eu não sei qual será o comportamento do PP se o Bolsonaro se filiar ao PP". 

Ele ainda defendeu que é preciso "apresentar para a sociedade brasileira que tipo de política de desenvolvimento nós queremos fazer para que o país possa retornar àquilo que ele já foi". "É plenamente possível fazer algo mais civilizado, pensar nas pessoas mais humildes. Eu, por exemplo, não acredito em nenhum modelo econômico que não coloque o pobre dentro do orçamento", afirmou. 

O líder nacional teceu uma série de elogios ao senador e potencial candidato ao Governo do Estado em 2022, Jaques Wagner. "É importante lembrar que Wagner ganhou no primeiro turno, foi reeleito no primeiro turno, elegeu Rui no primeiro turno e Rui foi reeleito em primeiro turno". 

Lula também se diz otimista em relação à capacidade de o país se reerguer. “Eu estou muito otimista com a perspectiva de a gente recuperar a democracia para o Brasil, de a gente voltar a fazer políticas de inclusão social, de voltar a fazer o povo sorrir porque vê seu filho indo para a escola, comendo, sendo tratado com o mínimo de dignidade e respeito”. 

Para isso, Lula afirmou ser fundamental, neste momento, discutir os problemas sociais brasileiros. “Não é o momento de priorizar as eleições. (…) O momento é de a gente discutir os problemas sociais. Tem mais de 19 milhões de pessoas passando fome crônica, 116 milhões de pessoas com algum problema de insegurança alimentar, 14 milhões de desempregados e 34 milhões que estão vivendo de bico”, ressaltou. 

Lula também rejeitou qualquer estratégia de penalizar a população com vistas às eleições de 2022. “Estou vendo o Bolsonaro dizer que vai dar um auxílio emergencial de R$ 400. E tem gente dizendo que não podemos aceitar porque é um auxílio eleitoral. Eu não penso assim. Eu penso que o PT, faz mais de cinco meses, pediu um auxílio emergencial de R$ 600. E (antes) mandou uma proposta para a Câmara de um novo Bolsa Família de R$ 600. Então, nós queremos que o Bolsonaro dê um auxílio emergencial de R$ 600. Ele vai querer tirar proveito disso? É problema dele. Se alguém acha que vai ganhar o povo porque vai dar um auxílio emergencial, paciência. Eu acho que o povo merece os R$ 600 e acho que ele tem que dar. Não podemos querer que o povo fique na miséria por conta das eleições de 2022”, defendeu. 


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