20/10/2021 às 10h30min - Atualizada em 20/10/2021 às 10h30min

Dia do Preço Justo vende gás a R$ 50 para famílias de Paripe

Ação do Sindipetro-BA venderá 100 ‘bujões’ praticamente pela metade do preço. Desta vez, é preciso se cadastrar para ter acesso ao combustível das cozinhas

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Tribuna da Bahia
Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia

Cozinhar o arroz-feijão de todos os dias tem pesado cada vez mais no orçamento dos baianos: só neste ano, o gás liquefeito de petróleo (GLP) subiu mais de 30% para o consumidor final. Em Salvador, já é possível encontrar o ‘bujão’ por R$ 110 em alguns pontos de venda, o que leva muitas famílias de baixa renda a se virarem como podem para garantir as refeições. O público mais carente estará no foco da próxima edição do Dia do Preço Justo, que será realizada nesta quarta-feira (20) em Paripe, no Subúrbio Ferroviário da capital baiana. A ação, que venderá ‘bujões’ a R$ 50, será conduzida pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) em conjunto com a Associação de Moradores Paripe em Movimento. Outros bairros soteropolitanos e municípios do interior da Bahia já foram contemplados com a venda dos botijões a preço reduzido pela entidade dos trabalhadores da indústria de petróleo.

Para a entidade, é possível vender o gás a um preço mais baixo, garantindo o lucro das Petrobrás, das distribuidoras e revendedoras sem tirar o acesso das famílias a um item de primeira necessidade. Porém, a edição de hoje teve alterações em seu funcionamento. Ao invés do habitual esquema por ordem de chegada, que gerou filas de interessados, a associação de moradores selecionará cem famílias para comprar o ‘bujão’ a preço reduzido. Os interessados deverão se dirigir à sede da Associação Paripe em Movimento (Rua Amazonas, 466), que começará o cadastramento e a checagem de vulnerabilidade social para obter o ‘bujão’ mais em conta a partir das 07h. Será preciso comprovar que mora no bairro, e caso o membro familiar que for fazer o cadastro seja beneficiário de programas como Bolsa Família, deverá informar sua participação no ato da triagem.

O ‘Preço Justo’, idealizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados, acontece desde 2019 e chama a atenção para as consequências da Paridade de Preço de Importação (PPI), política adotada pela estatal para definir o preço dos derivados de petróleo e uma das grandes responsáveis pelo ‘susto’ que o consumidor toma na hora de pegar o gás ou de encher o tanque do carro, já que o valor do dólar é a referência. “Utilizamos o critério social, de vulnerabilidade, pois há muitas famílias nestas condições. Na verdade, todos precisam, mas há aqueles que precisam ainda mais, que não estão conseguindo, de forma alguma, adquirir o gás pelo seu valor atual de cerca de R$ 100,00”, explicou Radiovaldo Costa, diretor de comunicação do Sindipetro-BA, que realizou estudos técnicos para identificar o valor de R$ 50 como ‘justo e ideal’ para a prática ao consumidor. O restante será subsidiado pela representação dos petroleiros.


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